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Vídeo: cardume de arraias surge no mar da Curva da Jurema, em Vitória

Vídeo: cardume de arraias surge no mar da Curva da Jurema, em Vitória

Animais foram flagrados no começo da manhã desta terça-feira (13); especialista explica comportamento da espécie, sendo comum encontrar os bichos agrupados

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 16:11

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Dezenas – talvez até centenas – de arraias foram flagradas nadando no mar da Curva da Jurema, em Vitória. No vídeo acima, feito no comecinho da manhã desta terça-feira (13), é possível vê-las formando um grande cardume. O impressionante registro recebido por A Gazeta é do especialista em inteligência de mercado Júlio Teixeira.

“Gravar com drone é um hobby (passatempo) que eu tenho e sempre estou filmando as praias de Vitória e Vila Velha. Essas imagens foram feitas na Baía das Tartarugas, que faz parte de uma Área de Proteção Ambiental (APA), antes das 6h. A impressão é que eram mais de 200 arraias”, disse o capixaba.

Aspas de citação

É um universo invisível que está ao nosso redor e não percebemos. Por isso sou tão apaixonado por imagem de drone

Júlio Teixeira
Especialista em inteligência de mercado
Aspas de citação

Apesar de frequentemente estar na região, ele nunca tinha visto tantas arraias de uma vez. “Já vi alguns cardumes enquanto remava, mas como a visão é limitada não dá para ter dimensão do tamanho. Com o drone, é possível varrer cerca de 60 m². Ainda assim, as imagens não pegavam todas elas”, comentou.

Espécie e comportamento

Doutor em oceanografia biológica, Agnaldo Silva Martins disse não ser possível cravar qual a espécie flagrada. “Provavelmente se trata do gênero Rhinoptera, podendo ser da espécie Rhinoptera bonasus ou Rhinoptera brasiliensis”, analisou. Em ambos os casos, os animais podem ter até 1,10 metro e 23 kg.

Segundo ele, é comum avistar esses peixes na costa capixaba. “O cardume é uma estratégia de proteção, pois grupos maiores são menos ameaçados. Eles vêm de águas mais ao Norte devido ao esfriamento delas nesta época, podendo haver comportamento de reprodução e alimentação durante as migrações”, explicou.

Professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Agnaldo também apontou que essas arraias estão na categoria “vulnerável” da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).“Isso significa que essas populações estão sujeitas a vários riscos de declínio e extinção", completou.

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