O trabalhador brasileiro não tem um minuto de paz. Na manhã do último sábado (28), a designer de sobrancelha Hemilly Sara Dionízio Costa precisou esperar pelo ônibus em pé e no Sol... por causa de uma cabra. Isso mesmo: uma cabra que estava em cima do banco do abrigo, na Serra.
Moradora do bairro Vista da Serra I, a jovem de 18 anos estava a caminho do outro trabalho — em uma empresa de proteção veicular — quando se deparou com a cena, no mínimo, inusitada. "Primeiro eu me assustei. Depois eu ri porque não tinha o que fazer. Ele ficou lá até o meu ônibus passar, uns 20 minutos depois", contou.
Apesar da companhia inesperada no final de semana, ela disse que é comum ver animais soltos pela região. "Às vezes tem porco ou aparece um boi, do nada. Já vi vaca, cabrito...", lembrou. "Esse bode ficou tranquilo e o pessoal disse que ele ficou até a tarde. Parece até que ele é gente", comentou.
Sobre a repercussão do vídeo, Hemilly afirmou que não esperava. "Todos os meus amigos me marcaram ou me mandaram no privado. A família também ficou comentando. Ainda brinquei que se eu soubesse que esse vídeo ia viralizar tanto, tinha mostrado a minha cara para ficar famosa", brincou.
Na internet, o vídeo circulou tratando o animal como bode. No entanto, a reportagem de A Gazeta consultou três especialistas, entre biólogos e veterinários, para confirmar a informação sobre o bicho. Sem unanimidade, dois deles apontaram que se trata, na verdade, de uma cabra. Entre as características apontadas por eles para cravarem que trata-se de uma fêmea está a cauda curta, o rosto "achatado" e a ausência de barbela (pelos embaixo do queixo).
Animais soltos podem ser perigosos e causar acidentes de trânsito. Por isso, a orientação é que as pessoas, ao flagrarem cenas como a da cabra, acionem o município. No caso da Serra, basta ligar para o telefone (27) 99923-4312, que atende diariamente, das 5h às 17h.
Por um período de 12 dias, o animal fica sob responsabilidade da prefeitura e pode ser resgatado pelo dono, mediante o pagamento de uma taxa de R$ 99,18. Depois desse prazo, o município fica com a posse do bicho, podendo doá-lo ou colocá-lo em leilão.
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