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Vídeo e fotos mostram o Mercado da Capixaba após obras de revitalização

Vídeo e fotos mostram o Mercado da Capixaba após obras de revitalização

Empreendimento deve voltar a funcionar de forma integral até o final de 2024 e terá lojas com produtos que remetem à gastronomia e à cultura do Espírito Santo

Publicado em 4 de julho de 2024 às 15:55

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
João Barbosa
Repórter / [email protected]

Após mais de 20 anos de portas fechadas, sendo dois para o último período de obras de revitalização, o Mercado da Capixaba deve voltar a funcionar de forma integral até o fim de 2024 no Centro de Vitória. Na manhã desta quinta-feira (4), a prefeitura da Capital assinou o termo de concessão do espaço, junto ao Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa (IBGP), empresa vencedora do pregão para administração do local nos próximos cinco anos.

Com a entrega da obra, a expectativa do Executivo municipal é que o Mercado da Capixaba, situado entre as avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel, volte a ser referência na região central como um polo gastronômico e cultural.

Ao todo, são 18 módulos com espaços que variam de 23 a 103 metros quadrados (m²). Dezesseis deles são voltados para itens de artesanato, livrarias, cafeterias, lanchonetes e produtos que remetem à cultura e à gastronomia do Espírito Santo e dois serão utilizados como módulos administrativos. Além disso, o pátio no espaço interno do local poderá receber eventos como exposições e shows.

"Com essa reforma, esperamos um impacto positivo que vai trazer empreendimentos e empregos ao Centro. Apesar de um tempo de espera longo, agora a gente vê que teremos um verdadeiro diferencial aqui", diz Rodolfo do Carmo, diretor da Associação dos Comerciantes de Vitória.

Vista superior do pátio interno do Mercado da Capixaba(Ricardo Medeiros)

De acordo com estimativa da Prefeitura de Vitória, a expectativa é de que o local seja capaz de gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos.

“Com essa entrega, o processo de ressignificação do Centro de Vitória ganha mais força. Temos um mercado novo preservando a história, a cultura e que, ao mesmo tempo, é moderno, trazendo atividades culturais e artísticas”, disse o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Segundo Marcus Gregório, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV), a IBGP agora avalia as propostas de lojistas que deverão ocupar o espaço.

"Entre as regras que temos em contrato, é para que um dos módulos seja, obrigatoriamente, dedicado à arte: panelas de barro, cultura e artesanato capixaba. Agora aguardamos a entrega oficial das chaves do Mercado, para que ele possa voltar a funcionar até o fim de 2024", explica Marcus.

Como vai funcionar o mercado?

Vista superior do pátio interno do Mercado da Capixaba
Vista superior do pátio interno do Mercado da Capixaba. (Ricardo Medeiros)

Entre as obrigações da empresa que assumirá a concessão, está a de manter metade dos estabelecimentos voltados à gastronomia abertos todos os dias, podendo haver alternância entre eles. Além disso, nos primeiros 90 dias, a concessionária deve garantir o funcionamento de metade do total dos módulos comerciais do mercado e, em até 180 dias, 80%.

Música ao vivo na área externa e eventos deverão ter alvará de autorização da prefeitura. A exigência tem o objetivo de garantir o cumprimento, por exemplo, dos limites de poluição sonora. "O concessionário terá uma margem de trabalho muito boa, mas a gestão estará presente para manter a harmonia", como explica o presidente da CDTIV.

O que vai ter no Mercado da Capixaba?

  • As lojas 01, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10 e 12 devem abrigar restaurantes, bares, choperias e cervejarias artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias e confeitarias;

  • Para as lojas 02, 11, 13, 15 e 16, é sugerido: sorveteria, empório ou mercearia, boutique de carnes, comercialização no sistema varejista de produtos hortifrúti, laticínios, doces, salgados e assemelhados, bares, choperias e cervejaria artesanais, lanchonetes, bistrôs, cafeterias, pastelarias, confeitarias;

  • Para os módulos 03 e 14, são esperadas lojas de artesanato — local e regional, como de panelas de barro —, galeria de arte, livraria ou sebo, souvenirs e floriculturas;

  • Por fim, nas salas 01 e 02, que ficam no mezanino, são esperados: auditórios, salas de projeção, pubs ou bares temáticos, choperias e cervejarias artesanais, bistrôs, cafeterias, confeitarias e serviços financeiros.

O que não não vai ter?

  • venda de eletroeletrônicos;

  • venda de artigos de celulares;

  • comércio de veículos automotores;

  • venda de móveis e utensílios para casa que não sejam artesanais;

  • lojas de materiais de construção;

  • venda de brinquedos industriais;

  • lojas de informática e acessórios;

  • serviços de telefonia e internet;

Construção histórica

Construído durante o governo de Florentino Avidos (1924-1928), o espaço surgiu como substituto do antigo mercado municipal que ocupava o mesmo local. 

O edifício de dois andares desempenhou diferentes papéis ao longo do tempo. Inicialmente, no pavimento superior, abrigou o Hotel Avenida até a década de 1940. Na década de 1950, o hotel foi substituído pelo auditório da Rádio Club do Espírito Santo. Em 1996,o edifício passou a ser sede da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo no segundo pavimento. O Mercado da Capixaba adquiriu o status de patrimônio histórico do Centro de Vitória em 1983.

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