Desde o início da tarde desta sexta-feira (27), leitores de A Gazeta têm relatado e enviado imagens que mostram uma mancha acinzentada no mar, próximo à Ilha do Boi, em Vitória. Sobre o assunto, a Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semmam) informou que uma equipe esteve no local por volta das 13 horas e realizou vistoria por terra e água, além de todos os pontos de drenagem fluvial em torno da ilha.
Da análise realizada, a Prefeitura de Vitória (PMV) esclareceu que não foi constatado algum tipo de lançamento irregular. Em nota, a Semmam ressaltou que a mancha de água mais clara não tem odor, portanto não se trataria de esgoto. A Semmam informou ainda que o fenômeno pode ser movimento da areia no fundo do mar, resultado da mudança da corrente marítima, o que pode causar alteração da coloração da água, e que a equipe do órgão continuará o monitoramento no local.
De acordo com Agnaldo Martins, coordenador científico do projeto Jubarte.Lab e também coordenador do curso de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em uma primeira análise a água cinzenta pode estar relacionada a uma reprodução de algas. "Pode ser uma reprodução massiva de microalgas do fitoplâncton que chamamos de "bloom". Existem algas que têm pigmentos dessa cor avermelhada. Isso já ocorreu outras vezes aqui na costa e o professor da área coletou amostras e pôde constatar que era isso mesmo", afirmou.
Segundo o especialista, as chuvas recentes também podem ter influenciado. "Para saber o que é, teria que levar uma amostra ao microscópio. Se tiver coisas não vivas, com barro e lama, material trazido junto a descarga fluvial pelas chuvas, então seria isso: parte desse material suspenso da água turva que teria se desprendido. Mas se a amostra contiver algas, seria reprodução massiva delas. Teria que fazer uma análise do material para saber", concluiu.
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