Um vídeo gravado no parque de diversões em Alegre, no Sul do Espírito Santo, duas horas antes do acidente que feriu duas crianças no domingo (5), mostra que um pino de um dos assentos do brinquedo estava exposto. A gravação foi feita por um amigo do homem que aparece acompanhado de uma criança nas imagens.
Algumas horas após a gravação, duas crianças foram arremessadas do mesmo brinquedo, depois que um pedaço se soltou enquanto girava junto com a estrutura. A cor da cadeira que caiu é a mesma do assento que aparece nas imagens com a peça para fora.
"Eu fui pegar as imagens para ver. Justamente uma cadeira verde que tinha caído, que tinha se soltado. No vídeo deu para ver perfeitamente que estava um pino se soltando daquela cadeirinha. Fiquei muito mal e depois que vi a filmagem fiquei ainda mais mal", falou o servidor público, Henrique Venial, que aparece no vídeo.
Laura Serafim, de nove anos, estava com uma amiga da mesma idade na cadeira que se soltou do brinquedo. A mãe de Laura viu tudo.
As duas crianças foram socorridas, mas Laura precisou ser transferida de helicóptero de Alegre para Vitória. Laura segue internada na UTI do Hospital Infantil de Vitória. A mãe disse que a menina está lúcida, mas com um coágulo na cabeça e uma fratura no globo ocular.
Nesta segunda-feira (6), o prefeito de Alegre, Nirrô Emerick, esteve no Hospital Infantil de Vitória para saber o estado de saúde de Laura. Ele conversou com a mãe da menina, que é professora da rede municipal de ensino. À reportagem, ele contou que estava no parque na hora do acidente.
"Eu cheguei ao parque, fui com as minhas filhas e a minha esposa e nós verificamos que era uma estrutura bem antiga, bem precária. Nós decidimos não colocarmos as nossas filhas naquele ambiente. Quando estávamos no parque de exposição, com 30 minutos aconteceu o acidente", falou o prefeito.
O prefeito falou que o parque apresentou a documentação necessária para funcionar. "Eu tomei conhecimento, depois do acidente, que havia ocorrido um fato logo no início da festa, na quinta-feira (2). Os bombeiros civis teriam avaliado e dito que não seria possível o funcionamento. Mas depois veio o Corpo de Bombeiros Militar e liberou e deu o alvará para o funcionamento do parque de diversões", disse Nirrô.
Procurado pela reportagem, o proprietário do parque, José Ferreira de Carvalho Neto, conhecido como Charles, disse que trabalha com o parque há sete anos e que nunca teve problemas. Segundo ele, toda a documentação está em dia e mais de 500 pessoas utilizaram o mesmo brinquedo no fim de semana.
O dono do parque falou ainda que foi uma fatalidade, que o engenheiro responsável pelo parque acompanha tudo de perto, que a polícia fez uma perícia técnica e isolou o brinquedo e que os demais brinquedos estão sendo desmontados. Ele declarou também que está mantendo contato com a família das duas vítimas.
O Corpo de Bombeiros informou que o parque atendeu às normas de prevenção contra incêndio e pânico vigentes e tem alvará do Corpo de Bombeiros para funcionamento, mas que a fiscalização física dos equipamentos não é de competência da corporação.
Com informações do G1 ES
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta