A matéria foi atualizada com a informação de que a Prefeitura de Vitória liberou duas faixas da Avenida Jerônimo Monteiro às 16h para qualquer tipo de veículo. Uma faixa permanecia interditada.
Imagens de câmeras de videomonitoramento mostram o momento do acidente durante a demolição de um prédio na Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória. Um trabalhador ficou levemente ferido e a ocorrência interditou parcialmente um trecho da via na manhã deste domingo (25). A obra acontecia desde o início da semana passada.
O vídeo mostra que um homem estava na calçada, quando ouviu o barulho e saiu correndo. Apesar da informação de que um trabalhador ficou ferido, não há confirmação de que o funcionário seja o homem que aparece correndo no vídeo. Ele consegue fugir do concreto que cai no chão. A fumaça branca toma conta da avenida, enquanto os veículos passavam normalmente.
Após a queda da estrutura, as imagens registradas no local mostravam a cena da destruição: veículos usados na demolição foram atingidos pelo concreto e parte da estrutura foi parar no meio da rua. Uma retroescavadeira utilizada na demolição ficou parada no meio da avenida após o acidente.
Testemunhas contaram que o trator estava tentando derrubar uma coluna ao lado de uma clínica vizinha ao prédio. No entanto, foi a parede central que desabou. O trabalhador atingido teria corrido quando ouviu o barulho do desabamento, mas acabou atingido e ficou com ferimentos na mão.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta, a secretária de Desenvolvimento da Cidade e Habitação de Vitória, Anna Claudia Peyneau, afirmou que o proprietário foi orientado e tinha autorização para demolir apenas a marquise. No entanto, a Prefeitura agora deve apurar se a estrutura que sofreu o desabamento foi derrubada por acidente ou de forma intencional — o que seria irregular, uma vez que não havia autorização.
De acordo com a secretária, a obra foi devidamente sinalizada e contava com um responsável técnico. A apuração da Prefeitura também deve incluir um laudo para verificar se o desabamento comprometeu prédios vizinhos.
O Crea-ES (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Espírito Santo) também foi procurado. A matéria será atualizada assim que houver um retorno.
Inicialmente, apenas uma faixa da Avenida Jerônimo Monteiro foi liberada para os ônibus após o acidente. Os outros veículos foram obrigados a desviar para a Avenida Princesa Isabel. As imagens mostram que a Guarda Municipal esteve no local da ocorrência.
Depois, por volta das 16h, a Prefeitura de Vitória informou que duas faixas da Avenida Jerônimo Monteiro já estavam liberadas para qualquer tipo de veículo. Uma faixa permanecia interditada.
Durante a semana, a TV Gazeta foi ao local para mostrar a situação de um prédio que não tinha autorização da Prefeitura de Vitória para ser demolido. Na quarta-feira (21), o que chamava atenção no local era a marquise quebrada. Sem proteção ou avisos, os pedestres caminhavam normalmente pelo trecho que desabou neste domingo (25).
Como apurado pela repórter Poliana Alvarenga, da TV Gazeta, quem passava pela calçada relatava o medo e a apreensão pelo risco oferecido pela estrutura. Na oportunidade, o diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) José Maria Cola afirmou que seria necessária a instalação de uma proteção no local para preservar a população.
O Crea-ES, no entanto, estava tentando identificar quem era o proprietário do prédio. A mesma posição assumida inicialmente pela Prefeitura de Vitória, que informou não ter encontrado o responsável. A administração municipal informou na ocasião que não houve queda da marquise, mas que a demolição parcial foi feita sem licenciamento.
Depois, de acordo com a reportagem, o responsável pela obra procurou a Prefeitura e recebeu as orientações para garantir a segurança do local, que chegou a ser sinalizado ainda durante a semana.
Nesta terça-feira (27), a Prefeitura de Vitória, por meio da assessoria de imprensa, informou que a proprietária do imóvel em questão foi identificada como Carmen Maria Alves Botti. O contratante da obra foi identificado como Eugênio de Freitas Sette, enquanto Marcos Ramos Freire é engenheiro responsável.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta