O que era para ser um passeio tranquilo com sua cachorra de cinco anos se tornou um pesadelo para a designer de interiores Lívia Fonseca, de 38 anos. Na última sexta-feira (16), a cadelinha, a border collie Madalena, foi atacada por dois pitbulls na porta do condomínio onde a mulher mora no bairro Ilha do Boi, em Vitória.
Os animais pertencem ao vizinho de Lívia, um homem de 33 anos. Apesar do tamanho dos pitbulls e de cães da raça precisarem andar com focinheiras, nas imagens obtidas por A Gazeta eles não aparecem com o acessório de segurança ou com guias. Soltos e sem coleira, eles correm para cima da cachorra.
As imagens mostram que a tutora ainda tenta salvar a cachorra. Um entregador que está próximo, vê a cena e também corre para ajudar. Não há áudios no vídeo, mas Lívia conta que gritou por socorro, pediu ajuda e chegou a pensar que sua cadela estava morta.
Conforme o relato da tutora, ela saiu do portão do condomínio e iria até uma pracinha. Antes de atravessar a rua, os dois cachorros, que estavam soltos, correram e atacaram Madalena no pescoço.
O dono dos animais também apareceu no momento do ataque, mas os pitbulls continuaram atacando a cadela. Quando um dos cachorros abriu a boca para morder novamente o pescoço de Madalena, o motoboy conseguiu segurá-lo por trás e o afastar da cachorra.
“O dono dos cachorros, que é nosso vizinho e mora no mesmo condomínio, não conteve os animais e não os levou embora. Passou a nos culpar pela reação dos animais, dizendo que eles estavam apenas brincando e que se quisessem matar minha cachorra, ela já estava morta”, disse Lívia.
Após o incidente, o dono dos pitbulls insistiu em se aproximar de Lívia com seus animais de Lívia. Desesperada, a designer de interiores disse que só conseguia chorar.
Por conta dos ataques, a cachorra teve o pescoço machucado, baço e intestino inchados, além de sofrer arranhões. Segundo o médico veterinária que a atendeu, felizmente os pitbulls não conseguiram perfurar nenhuma artéria.
Em conversa com A Gazeta, o advogado Gustavo Fonseca, marido de Lívia, disse que não é a primeira vez que há reclamação em relação aos animais do vizinho andarem sem focinheira ou guia pelo condomínio.
O homem, segundo ele, tem quatro pitbulls e costuma passear com eles em duplas. Ainda de acordo com Gustavo, há reclamações sobre os animais avançarem em crianças. O advogado esclarece que os cachorros também são vítimas, pois o tutor não segue as regras do uso da focinheira e costuma ser agressivo com quem reclama.
“A Madalena não está com comportamento igual ao de antes, não quer sair de casa e está traumatizada, além de machucada. Quem está sofrendo as consequências somos nós, que estamos com medo”, disse Gustavo Fonseca.
O casal registrou um boletim de ocorrência e pretende mover uma ação contra o vizinho para que providências sejam tomadas.
Para eles, o tutor não deveria ser responsável pelos animais. “Se ele estiver andando com o cachorro solto e alguém falar que não gostaria que o animal se aproximasse, ele se ofende, e ofende a pessoa. Já houve relatos de outras pessoas. Há diversas reclamações contra ele”, afirmou o advogado.
A Polícia Civil foi procurada para dar mais detalhes sobre a investigação do caso, mas não deu retorno até a publicação desta matéria.
O dono dos pitbulls também foi procurado pela reportagem e informou que se manifestaria por meio de advogado. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. Este espaço está aberto para um posicionamento dele.
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