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Vídeos: câmera flagra meteoros dois dias seguidos em Vila Velha

Vídeos: câmera flagra meteoros dois dias seguidos em Vila Velha

Espetáculo foi gravado na Praia da Costa, durante a madrugada, na terça (14) e nesta quarta-feira (15); especialista explica por que é difícil capturar o fenômeno

Publicado em 15 de junho de 2022 às 18:44

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

Por dois dias seguidos, uma câmera instalada na Praia da Costa, em Vila Velha, registrou a passagem de dois meteoros. O mais recente foi flagrado às 2h34 desta quarta-feira (15), cruzando rapidamente o céu (veja acima).

As imagens foram gravadas pelo equipamento do autônomo Danilo Zan. “O desta madrugada foi menor que o de terça-feira. Isso de aparecer em dias seguidos acontece, e claro que à noite a chance de avistar é maior”, comentou ele.

O meteoro registrado nesta terça-feira (14) era bem brilhante. Ele passou cortando o céu de Vila Velha às 3h13 (veja abaixo). Danilo Zan explicou que consegue descobrir os fenômenos normalmente na manhã seguinte, quando vai analisar as gravações.

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, a passagem do meteoro da terça-feira durou quase 10 segundos. “Realmente é algo mais difícil de acontecer e nos leva a crer que a matéria interplanetária que veio era mais densa, em maior quantidade, mais do que os meteoros normais que não passam de gramas ou de décimos de grama, do tamanho de um feijão, por exemplo”, ponderou o especialista, que é coordenador do projeto Exoss, de estudo de meteoros, ligado ao Observatório Nacional.

Ele ainda disse que a passagem de meteoros pelo céu é um fenômeno comum. “É um meteoro muito brilhante, mais do que o normal, que a gente classifica como bólido. É um fenômeno que ocorre o tempo todo na Terra. Ela é bombardeada diariamente com 60 a 100 toneladas de matéria vinda do espaço”, explicou o astrônomo.

POR QUE É TÃO DIFÍCIL DE REGISTRAR?

Apesar de ser um fenômeno comum, um meteoro não é visto tão facilmente. “Isso porque a maioria acontece em cima dos oceanos, grande parte da superfície do nosso planeta. E também ocorre de dia, quando é mais difícil você observá-lo porque tem o contraste de fundo de céu, que é muito claro”, detalhou Marcelo De Cicco.

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