A chuva que atinge o Espírito Santo alagou um trecho da BR 101 no Centro de Fundão, no início da tarde desta quarta-feira (10). Segundo a prefeitura, o alagamento ocorreu devido a problemas no escoamento de água e também porque choveu forte em pouco tempo: 51 milímetros em apenas 40 minutos.
Imagens enviadas por leitores de A Gazeta mostram alguns veículos se arriscando para passar na rodovia, enquanto outros optam por esperar. Vídeos e fotos também revelam que o alagamento atingiu ruas, casas e lojas da região. O nível da água chegou a ultrapassar a metade da roda de um carro.
Segundo o empresário Breno Biss, o problema de alagamentos na região já dura cerca de dois anos. "Toda vez é esse 'Deus nos acuda'. Nós já entramos em contato com a Eco101 e com a Prefeitura de Fundão, no mínimo, seis vezes. Sempre falam que vão tomar uma providência, mas até agora nada", reclamou.
Morador do distrito de Timbuí, ele passa pelo trecho diariamente. Segundo o empresário, na tarde desta quarta-feira, houve pontos em que o alagamento chegou na metade da porta da caminhonete. "Eu moro a oito quilômetros do Centro e hoje foi esse transtorno para toda a comunidade que passa por ali", disse.
O comerciante Marcelo Zuccolotto também desabafou sobre a situação. "Eu tenho foto de enchente que aconteceu há mais de um ano. Os bueiros estão entupidos do lado da BR 101 e não tomam providência. Como a água não tem vazão, basta chover muito que acontece isso", afirmou.
Em nota, a Prefeitura de Fundão admitiu o problema de escoamento e disse que "não suporta mais esperar a decisão da Eco101 no sentido de liberar o espaço para execução das obras na margem da rodovia". A administração municipal garantiu que "irá tomar as medidas necessárias a fim de corrigir o problema".
Já a Eco101, concessionária que administra a rodovia no Espírito Santo, informou que houve interdição da faixa sul no quilômetro 229, em Fundão, devido à forte chuva. "A equipe esteve no local e empregou equipamentos para auxiliar no escoamento da água, sendo a faixa liberada às 13h30", garantiu.
A empresa ainda esclareceu que os serviços de conservação são feitos diariamente e que "obras na faixa de domínio podem ser realizadas se respeitados os normativos técnicos e se a documentação e o projeto forem apresentados à concessionária e aprovados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)".
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