As escolas públicas e privadas de Vila Velha devem contar com botões de pânico até março do ano que vem. A medida foi sancionada pelo prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) e publicada no Diário Oficial do município nesta quarta-feira (1). No ano passado, a Prefeitura de Vitória instalou o mesmo tipo de dispositivo em unidades de ensino, após uma escola municipal ser invadida em Jardim da Penha.
De autoria do vereador Jonimar Santos Oliveira (PSC), a Lei Nº 6.786 afirma que a instalação do botão do pânico é uma medida preventiva de segurança e que o equipamento deve ser instalado nas dependências dos colégios, que têm o prazo de um ano – a partir desta quarta-feira (1) – para se adequarem à nova exigência.
O aparelho é composto por um receptor e um botão de acionamento, com comunicação direta a uma central de monitoramento da Guarda Municipal. O equipamento funciona por meio de um aplicativo instalado nos celulares de diretores, coordenadores e funcionários das escolas. Em caso de emergência, a corporação é acionada por esse sistema para adotar as medidas necessárias.
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de Vila Velha para saber como esses equipamentos serão instalados e qual o custo da medida ao município. O texto será atualizado assim que houver um retorno do Executivo municipal.
As escolas da rede municipal de Vitória passaram a contar com um botão do pânico em dezembro de 2022. O aparelho deve ser acionado sempre que a unidade passar por alguma urgência ou situação emergencial. O objetivo, segundo a prefeitura local, é dar mais segurança aos alunos, familiares e professores.
No dia 19 de agosto do ano passado, o jovem Henrique Lira Trad, de 18 anos, ex-aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Éber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, invadiu a unidade de ensino armado com facas ninjas, flechas e coquetéis molotov, ameaçando matar estudantes e funcionários da instituição.
No momento em que era detido, ele disse que "queria aloprar uma galera". O rapaz foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e contra pessoas com menos de 14 anos.
O mecanismo do botão do pânico usado nas escolas da Capital é o mesmo utilizado para mulheres vítimas de violência doméstica. Quando ele é acionado por três segundos, o aparelho começa a gravar o áudio ambiente. Ao mesmo tempo, é emitido um alerta visual e sonoro na central de monitoramento da Guarda Municipal e nos aparelhos celulares dos agentes que estiverem mais próximos do local de acionamento.
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