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Vírus da Covid-19 pode sobreviver por até 3 horas no ar, diz doutora do ES

Vírus da Covid-19 pode sobreviver por até 3 horas no ar, diz doutora do ES

Doutora em virologia e professora, Liliana Spano disse que estudos indicam que partículas com o vírus podem sobreviver por um período em suspensão no ar. Ambientes fechados e com pessoas contaminadas são mais suscetíveis para que ocorra a infecção

Publicado em 30 de abril de 2020 às 11:47

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Espirro
O ato de espirrar pode lançar partículas contaminadas com o vírus da Covid-19, que podem permanecer no ar por até 3 horas. (Divulgação)

O Sars-Cov-2, vírus da Covid-19, pode resistir por até 3 horas suspenso no ar. A afirmação é da professora e doutora em virologia Liliana Spano. Segundo a especialista, pequenas partículas com carga viral podem ficar suspensas após uma pessoa infectada as eliminar e tem potencial de contaminação por um período.

"Nos estudos que foram feitos e comparados entre os Sars-Cov 1 e 2, viram que o novo coronavírus pode ficar suspenso por até três horas no ar após uma pessoa infectada espirrar ou tossir e até mesmo ao falar. Mas o que é preciso ficar claro é o que está comprovado sobre a forma de transmissão dele", salientou.

Embora exista a possibilidade de contaminação, a virologista explicou em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta quinta-feira (30), que a preocupação maior deve ser direcionada com as partículas maiores expelidas pelo infectado, pois estas podem aderir em superfícies dos ambientes e sobreviver com potencial para contaminar por dias.

A doutora em Biologia Molecular e especialista em Virologia, Liliana Spano
A doutora em Biologia Molecular e especialista em virologia Liliana Spano orienta que  se evite ambientes fechados e com a presença de muitas pessoas ao mesmo tempo . (Reprodução / TV Gazeta)

"Nestas situações, a pessoa pode passar a mão em superfícies contaminadas com as secreções depois levá-la à boca, olhos ou nariz. Elas vão ter esse potencial infeccioso. O que não podemos ignorar é a resistência desse vírus nas superfícies, assim como a persistência de suas partículas suspensas no ar", detalha.

AMBIENTES FECHADOS

A doutora salienta, contudo, que os riscos da contaminação ocorrer por partículas aerossóis é maior em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas. Ela usou os exemplos dos hospitais e dos coletivos de transporte para explicar como a infecção pode ocorrer.

Motorista do Transcol no Terminal do Ibes segue a determinação do governo de usar máscara de proteção contra o coronavírus
Os ônibus de transporte público devem circular com janelas abertas para que o vento circule e diminua as chances de contaminação dos usuários e trabalhadores pelo coronavírus. (Carlos Alberto Silva)

"Caso haja um ambiente fechado e com muitas pessoas conversando, essas partículas vão ficar em suspensão. Por isso que nos ambientes hospitalares as possibilidades de contaminação são maiores porque há uma concentração de pacientes contaminados e estão eliminando o vírus. A carga viral é maior e de fato oferece risco sim de se contrair por meio da inalação. No caso dos ônibus, deixe o ar circular e mantenha as janelas abertas", orienta a especialista.

PREVENÇÃO

Mesmo com a possibilidade de contaminação ocorrer através da inalação, medidas simples de limpeza são métodos eficazes no combate ao coronavírus. Além de evitar os locais com aglomeração de pessoas, a higienização dos ambientes com produtos convencionais evitam elimina o vírus da Covid-19.

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"O que recomendo sempre são dois produtos para a limpeza. A água sanitária, que é de baixo custo e a maioria das pessoas tem em casa. Ela pode ser diluída na proporção próxima de 100 ml para um litro de água. Nessa média a ação já será eficaz. Depois basta aplicar na superfície com um pano. O hipoclorito (água sanitária) inativa o vírus e ele perde o potencial infeccioso. Outro bom desinfetante é o álcool 70%, que tem ação semelhante. Esses produtos precisam de um minuto, em média, para começarem a agir", reforça.

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