O agendamento de vacinas contra a Covid-19 no Espírito Santo ainda é uma disputa sete meses depois do início da campanha de imunização. São muitos os relatos de lentidão nas plataformas e até quedas nos sites. Há ainda registros de vagas preenchidas em poucos minutos. A Prefeitura de Vitória decidiu adotar um captcha manual para evitar que a "corrida pela vacina" seja injusta. A ferramenta funciona como uma barreira adicional que pode dificultar o acesso de robôs programados. Segundo a administração municipal, a ideia é garantir equidade no acesso aos imunizantes.
O captcha manual foi adicionado ao agendamento on-line de todas as vacinas, mesmo aquelas que não sejam para combate ao novo coronavírus.
De acordo com o subsecretário de Tecnologia da Informação da PMV, Olavo Venturim, o acesso acima do normal motivou a adoção da barreira. Segundo ele, 45 mil pessoas chegam a abrir o agendamento ao mesmo tempo.
"Fazemos isso pra garantir equidade. Quem estiver usando robô não vai garantir vacina na frente dos demais. Vejo como uma forma de garantir que todos tenham a mesma condição", afirma.
O subsecretário ressalta que a Prefeitura de Vitória não consegue comprovar a existência de robôs no sistema digital, mas ele reconhece que o uso do facilitador é comum em vários segmentos.
"A avaliação é que, como a questão da vacina virou necessária pra todo mundo, com mutirão e várias pessoas tentando, notamos que essa possibilidade [existência de bots] é real", observa.
Até agora, apenas o captcha foi adicionado ao sistema. Olavo Venturim não descarta novas implementações, mas julga que o captcha seja suficiente para garantir equidade no acesso.
Ao entrar no site da PMV, o cidadão deve acessar normalmente. A única mudança acontece na parte final da marcação de vacina. Após escolher o serviço desejado e o local para a imunização, por exemplo, o usuário deve adicionar os dados, como documento e telefone.
Após preencher os campos, é necessário dizer quais números ou letras aparecem no captcha. A ferramenta sempre estará em cor diferente, chamando atenção do usuário. Só após decifrar o código, o cidadão vai conseguir realizar o agendamento.
O subsecretário reconhece que a medida pode prolongar o tempo necessário para a marcação, mas ele acredita que vai evitar que robôs saiam na frente na disputa por vagas de imunização.
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