Os restos de material furtado com fiação de cobre, que haviam sido descartados em área de mangue sob a Ponte da Passagem, nas proximidades da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, começaram a ser retirados do local. A prefeitura iniciou a remoção do lixo que se mistura à vegetação na tarde desta sexta-feira (19) e o trabalho deve se estender por todo o final de semana.
A denúncia foi feita por A Gazeta, em reportagem de Fernando Madeira e Vilmara Fernandes, nesta quinta (18), com registro de imagens do volume de resíduos em meio ao manguezal. Para descascar os fios, em geral, volumosos e pesados, eles são espalhados pelo chão e pela vegetação da região, para que a borracha que envolve o material seja retirada com mais facilidade. O cobre limpo - sem a borracha - fica mais fácil de ser pesado e vendido no mercado ilegal. O prejuízo estimado pela Prefeitura de Vitória somente neste ano é da ordem de R$ 500 mil.
Nesta sexta-feira, às 14h30, o fotógrafo Fernando Madeira retornou ao ponto que havia flagrado com o material, e o cenário da véspera não havia mudado. Questionada, a administração municipal afirmou que iniciou o trabalho de retirada do entulho em seguida.
A Secretaria Central de Serviços informou, em nota, que nesta tarde uma equipe composta por 25 garis esteve embaixo da Ponte da Passagem, no mangue ao lado do campus da Ufes, iniciando o serviço de remoção dos resíduos de borracha dos fios da iluminação pública da Capital, furtados e descartados irregularmente no local.
"Durante a ação, a Central identificou, ainda, que na estrutura de sustentação da ponte há também uma quantidade significativa do revestimento dos cabos de cobre. Para a retirada do material, a secretaria estuda firmar uma parceria com o Corpo de Bombeiros", diz outro trecho da nota.
Por fim, o texto ressalta que a área do mangue, rico ecossistema para várias espécies, é de preservação ambiental. Em função da sua importância, protocolos de segurança são adotados durante a limpeza do espaço de modo a evitar mais impactos ao meio ambiente. "Por esta mesma razão, os trabalhos se estendem ao longo do final de semana até a próxima segunda-feira, quando deverão ser concluídos", justificou.
Os furtos do material ocorrem em vários locais da cidade, porém com mais frequência nas regiões de Jardim da Penha, Orla de Camburi, Praia do Canto, Enseada do Suá e ao longo da Avenida Adalberto Simão Nader. A ação criminosa afeta a iluminação pública, particular e também a sinalização semafórica, causando prejuízos à administração e à população. Mas, de acordo com o secretário de Segurança Urbana de Vitória, Ícaro Ruginski, após as ações realizadas pela Guarda Municipal durante os primeiros 45 dias deste ano, o número de furtos já começou a reduzir.
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