Mais uma vez, Vitória não vai ter festa de réveillon na praia. O prefeito Lorenzo Pazolini anunciou, na noite desta terça-feira (30), a decisão de não realizar os eventos de queima de fogos e shows na virada de ano devido à pandemia da Covid-19, sobretudo com o surgimento da nova variante ômicron que se mostrou com maior potencial de transmissibilidade.
A medida vale para festa promovida pela prefeitura. Os eventos organizados por casas de show podem ocorrer, desde que respeitados os protocolos de segurança e prevenção à Covid-19.
Pazolini explicou que a decisão de não realizar a queima de fogos e apresentações musicais e culturais na passagem do ano deve-se à dificuldade de controlar o deslocamento de pessoas, vacinadas e não vacinadas, em ambiente aberto como as praias. A medida, segundo ele, visa prevenir o aumento da circulação do vírus e a consequente contaminação da população da capital.
O prefeito destacou que Vitória tem uma boa cobertura vacinal. Na Capital, 100% do número de habitantes com mais de 18 anos já foram alcançados com duas doses de imunizante - embora ainda seja necessário fazer a busca ativa de alguns moradores, segundo a secretária municipal de Saúde Taís Cohen. Entre os idosos, considerados mais vulneráveis à doença, 86% também já receberam o reforço, enquanto o mesmo percentual de adolescentes recebeu a primeira dose.
Mesmo assim, a avaliação da prefeitura foi de que, para prevenir o aumento de casos de Covid-19 em Vitória, o melhor é agir preventivamente e não realizar eventos que possam estimular a aglomeração.
"Todo o cenário que os técnicos demonstraram que o momento é de evitar qualquer tipo de aglomeração, e não conseguimos estabelecer formas de exigir o comprovante de vacinação em local aberto. Então, a prefeitura não contribuirá em nada com a aglomeração", sustentou Pazolini.
Questionado se houve diálogo com os demais prefeitos da Região Metropolitana da Grande Vitória, considerando que os municípios compreendem uma área conurbada, Pazolini disse que esse encontro ainda vai acontecer, porém, ressaltou que a decisão de realizar ou não festas na virada do ano caberá a cada gestor. Ele justificou que, pela necessidade de uma medida célere, particularmente após a confirmação da ômicron em território brasileiro, a conversa ficará para outro momento.
Para basear a decisão em Vitória, Pazolini contou que foi ouvida a área técnica e também foram consultados especialistas, como o médico infectologista Lauro Ferreira Pinto e representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM).
Após divulgar as restrições para o réveillon, o prefeito foi perguntado se as medidas vão valer para o Carnaval, tanto no Sambão quanto nas ruas. Pazolini afirmou que a decisão será tomada mais adiante, conforme o cenário epidemiológico, e muito provavelmente será anunciada somente em 2022.
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