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Vitória terá 150 pontos de reconhecimento facial espalhados pela cidade

Vitória terá 150 pontos de reconhecimento facial espalhados pela cidade

Prefeitura vai investir cerca de R$ 15 milhões em novas câmeras e em "super computador" para identificar criminosos, veículos circulando de forma irregular e intrusos em prédios municipais

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 15:59

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Vitória terá um sistema de reconhecimento facial a partir de câmeras de videomonitoramento em 150 pontos espalhados pela cidade. O objetivo é identificar criminosos, pessoas com mandados de prisão em aberto, suspeitos de práticas de crimes e pessoas portando armas e objetos perigosos.  

Além disso, a nova tecnologia também promete identificar veículos circulando de forma irregular, possibilitando a redução dos indicadores de acidentes e violência no trânsito com vítimas fatais.

Câmeras de videomonitoramento: Vitória terá sistema de reconhecimento facial
Câmeras de videomonitoramento: Vitória terá sistema de reconhecimento facial. (Pixabay)
Vitória terá 150 pontos de reconhecimento facial espalhados pela cidade

De acordo com o prefeito Lorenzo Pazolini (Repubicanos), o sistema já está atuando em forma de teste com dez pontos. Nele serão incluídas as imagens dos bandidos mais procurados dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais, disponibilizadas pelas Secretarias de Segurança Pública.

"Iremos iniciar um cadastro de banco de dados para que os foragidos e procurados possam ser identificados e presos, reduzindo a impunidade. O que nós queremos é uma cidade segura, integrada e tecnológica onde efetivamente a vida seja o bem maior a ser preservado", disse em evento de lançamento do sistema na tarde desta quinta-feira (3), na sede da prefeitura.

Tudo será feito através de um "super computador" capaz de analisar e processar mais de 1.000 imagens de câmeras de videomonitoramento de forma simultânea. O equipamento possui 900 processadores, 3,7 terabytes de memória RAM e 2,5 petabytes para armazenar imagens.

O programa de inteligência artificial vai processar essas imagens e, assim que identificar o rosto de alguém suspeito, será emitido um sinal sonoro, um alerta, na central de videomonitoramento da prefeitura. A viatura que estiver mais próxima irá ao local verificar e, se for o caso, fazer a prisão da pessoa.

O prefeito afirmou que, posteriormente, esse mesmo sistema poderá ser usado para prevenir a violência contra a mulher.

"Onde houver uma decisão judicial onde haja restrição para que aquela pessoa (agressor) não possa se aproximar da vítima, podemos cadastrar os endereços e, quando ele se aproximar da residência da vítima, isso também gera um aviso sonoro e a viatura fará imediatamente o atendimento a essa vítima", explicou.

projeto era uma promessa de campanha de Pazolini e vai contar com um investimento total de cerca de R$ 15 milhões, o que contempla novas câmeras, licenças de softwares e o super computador.

O recurso também será utilizado para ampliar o tempo de armazenamento das imagens das 218 câmeras externas de videomonitoramento existentes em Vitória e das 315 câmeras internas de segurança, bem como suportar 800 novas câmeras internas que estão sendo instaladas em escolas e unidades de saúde da Capital.

ETAPAS

A implementação do programa que fará o reconhecimento facial será feita em duas etapas. A primeira fase do projeto, com duração de 30 dias, vai contar inicialmente com 10 pontos de reconhecimento facial, instalados em praças, escolas, unidades de saúde e outros espaços públicos do município. Ao final desta etapa de avaliação e ajustes, o monitoramento será ampliado para 50 pontos itinerantes.

Na segunda etapa, a partir de março, serão disponibilizados mais 100 pontos de monitoramento analítico para detecção de intrusos em prédios municipais, identificação de veículos na contramão, estacionamento irregular, descarte irregular de lixo, identificação de aglomerações, contagem de pessoas, identificação de objetos suspeitos, entre outros.

Os pontos de monitoramento não serão fixos, ou seja, o programa de reconhecimento poderá ser aplicado em qualquer uma das câmeras do município, sejam internas ou externas. De acordo com a prefeitura, a escolha dos locais será feita de forma estratégica, priorizando locais de grande fluxo de pessoas, como o entorno da rodoviária e do aeroporto, ou nas praias durante o verão. 

O projeto utiliza a tecnologia de Inteligência Artificial que permite, entre outras funções, reconhecer se a pessoa tem algum tipo de restrição criminal somente ao passar por qualquer uma das câmeras. Assim que identificada como pessoa de risco, um alerta será enviado para a Central Integrada de Operações e Monitoramento (Ciom).

Dessa forma, as câmeras vão captar imagens de todos, mas os alertas só serão enviados para a central se a pessoa identificada estiver na base de procurados.

O prefeito afirmou que, em testes feitos pelo município, as câmeras se mostraram eficazes na identificação de pessoas procuradas mesmo elas estado de máscara, de boné, ou com os cabelos pintados, por exemplo.

O secretário se Segurança Urbana do município, Ícaro Ruginski, apontou que a ideia é que, no futuro, sempre que for expedido um mandado de prisão contra um criminoso, a imagem dele já seja cadastrada no sistema. Ele disse ainda que pode ser firmada parceria com outras instituições, com a Polícia Federal, ou até a Interpol (polícia internacional), para identificar procurados de outros Estados e até outros países.

Segundo a prefeitura, com o projeto, a Capital do Espírito Santo será a primeira do país a implementar uma solução de Infraestrutura Hiperconvergente.

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