A pedagoga Nazareth Mazzega, de 57 anos, faz um desabafo: quem vive no bairro Vila Nova de Cima, em João Neiva, no Norte do Espírito Santo, próximo ao cemitério, tem como rotina limpar a casa por conta das baratas. Segundo a moradora, elas aparecem mais no verão, mas, em épocas de temperaturas mais amenas, não deixam de surgir.
Ela fala que precisa diariamente retirar os insetos de casa. Em uma foto, a mulher mostra a quantidade de baratas que retira quando mantém a faxina em dia. Na outra, no verão passado, é possível observar como ficou a situação na volta das férias. Ela fala que a última dedetização ocorreu em setembro do ano passado.
“Moro aqui há oito anos. A minha mãe está há mais tempo. Todas as pessoas que moram ao redor sofrem com isso. É um descaso muito grande. Eles providenciam a dedetização, mas muitas vezes é algo superficial. Em alguns momentos foi preciso acionar o Ministério Público para que uma ordem judicial obrigasse a dedetização completa”, conta Nazareth.
Ela relata que não tem coragem de convidar pessoas para visitá-la. “Não tem como deixar uma comida, usar a área com churrasqueira. Parece que tudo está sujo. Você não acredita na quantidade de baratas. É algo muito nojento”, fala a pedagoga.
Segundo Nazareth, quando ocorre uma dedetização completa do cemitério, por cerca de três meses, praticamente não surgem mais baratas. No entanto, como em ocasiões é feito um serviço que considera superficial, o tempo é mais curto até o retorno do inseto: acontece no mesmo mês. "Elas não desaparecem totalmente", afirma.
De acordo com a pedagoga, cerca de 50 a 60 famílias residem nas proximidades do cemitério e são afetadas pela infestação.
As muitas baratas também implicam no aparecimento de outros animais, que fazem parte da cadeia alimentar. “Aparecem aranhas, ratos, sapos, entre outros. Tem caso de envenenamento de cachorro por causa disso”, diz.
A reportagem de A Gazeta procurou a Prefeitura de João Neiva para questionar sobre uma previsão para fazer o trabalho de dedetização. Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que existe um cronograma para a realização do serviço, mas houve um atraso na entrega do inseticida. A dedetização no cemitério está prevista para acontecer nesta semana.
"Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que existe um cronograma para a realização do serviço, mas houve um atraso na entrega do inseticida. A dedetização no cemitério será realizada nesta semana."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta