Para o ano letivo de 2021, o governo do Espírito Santo definiu que as aulas na rede pública, municipal e estadual, podem ser retomadas a partir de 3 de fevereiro, sendo que os municípios terão autonomia para decidirem a data e como será o retorno: remoto, híbrido ou totalmente presencial. Porém, a partir do dia 1º de março, todas as cidades do Estado têm que ter atividades escolares presenciais, mesmo que em modelo híbrido.
Um levantamento da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), apresentado pela Secretaria do Estado de Educação (Sedu) na quarta-feira (28), apontou que três municípios capixabas decidiram ter somente aulas presenciais, começando a partir do dia 3 de fevereiro: Presidente Kennedy e Divino de São Lourenço, no Sul do Estado, e Nova Venécia, no Noroeste.
A realização das aulas presenciais, porém, dependerá sempre da classificação do município no mapa de risco do governo do Estado, que estabelece restrições ou a liberação das atividades em cada cidade, de acordo com o risco de transmissão do coronavírus. Escolas só podem abrir nos municípios classificados como risco baixo ou moderado (em verde e amarelo no mapa). O funcionamento fica proibido quando o risco está alto (em vermelho no mapa).
Segundo o secretário de Educação, Vitor de Angelo, independente da definição do modelo de ensino, os municípios têm que respeitar as diretrizes do mapa de risco. "Há redes que disseram que vão voltar presencialmente, outras remotamente e outras em modelo híbrido. A partir de março, todas as escolas serão abertas. Mas essas definições sempre têm como referência o mapa de risco e suas classificações", pontuou.
O relatório da Amunes ressalta que 15 municípios não decidiram ainda como será o retorno das atividades escolares. Outras 24 cidades definiram que seguirão com o ensino de forma remota, enquanto 35 adotarão o modelo híbrido, entre 03 de fevereiro e 1º de março.
Vitor de Angelo destacou que o início das aulas presenciais será opcional para as prefeituras até 1ª de março. "Compreendemos que estamos em uma pandemia, mas, ao mesmo tempo, há opção dos gestores e também há uma realidade cruel para os estudantes, que estão há um ano sem aulas presenciais, com todos os desdobramentos que isso traz, já que a escola não é só ambiente de ensino e aprendizagem", reiterou o secretário.
Vitor de Angelo ponderou que algumas cidades do Estado ainda não possuem todo o material necessário para o retorno seguro das atividades escolares e, por isso, precisam de tempo para o processo de compra de máscaras, álcool em gel, dentre outros itens.
“Há um processo em cada município para agilizar compras. O governo do Estado sempre esteve à disposição para ajudar, mas existem procedimentos que fazem parte da autonomia e da prerrogativa dos municípios. O processo pode estar atrasado, mas não será inviabilizada a volta das atividades nesses municípios a partir de março", afirmou.
As escolas particulares do Espírito Santo vão retomar suas atividades presenciais no dia 1º de fevereiro, isto é, na próxima segunda-feira. O calendário, que já havia sido definido ao final do ano, foi mantido pelo Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado do Espirito Santo (Sinepe-ES), que explicou que, acompanhando as decisões do governo do Estado, a autorização é válida para todas as instituições localizadas em municípios que estejam no risco baixo ou moderado para Covid-19.
Segundo o presidente Sinepe-ES, Moacir Lellis, as aulas presenciais serão mantidas, mas as escolas deverão dar opção de ensino remoto - com transmissão simultânea - para os alunos que não puderem frequentar as unidades de ensino. Somente as escolas que estão em municípios com risco alto de contágio devem permanecer fechadas, com atividades remotas.
“No retorno às atividades presenciais, todas as instituições de ensino devem continuar seguindo rigorosamente os protocolos estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educação e pela Secretaria de Estado da Saúde para garantir que nossas escolas continuem funcionando de forma segura para alunos, colaboradores, familiares e todos os envolvidos. Permaneceremos acompanhando todas as avaliações do mapa de risco e decisões do Governo do Espírito Santo”, esclareceu Lellis.
Os pais de alunos do Espírito Santo poderão escolher se enviarão os filhos ao ensino presencial em 2021, segundo o secretário de Estado da Educação.
“Nas redes estaduais, no ano passado, cogitou-se acabar com essa opção de escolha. Mas essa fala foi feita em um contexto diferente da pandemia. Em alinhamento junto ao Ministério Público e à Defensoria Pública, chegamos à conclusão de que é importante manter essas decisões no âmbito da família, dado o contexto epidemiológico”, afirmou, acrescentando que o grupo com comorbidades não ficará sem atividades escolares. Neste caso, serão recomendadas as atividades remotas.
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