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Volta presencial: escolas do ES suspendem aulas após casos de Covid

Volta presencial: escolas do ES suspendem aulas após casos de Covid

As atividades foram retomadas em outubro e, mesmo com os protocolos de segurança, têm sido feitos registros de infecção por coronavírus na comunidade escolar

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 06:01

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Volta às aulas nas escolas de nível fundamental - Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Major Alfredo Pedro Rabaioli, no bairro Mário Cypreste, em Vitória
Para entrar na escola, todos precisam se submeter à aferição de temperatura. (Fernando Madeira)

A retomada  das  aulas presenciais durante a pandemia começou a partir de 5 de outubro, no Espírito Santo, depois de quase sete meses de escolas fechadas.  Mesmo com o retorno condicionado à adoção de protocolos de segurança, como distanciamento social e uso de máscaras, unidades de ensino estão precisando fazer novas suspensões de atividades presenciais devido aos casos de Covid-19 registrados entre alunos, professores ou funcionários. 

O caso mais recente foi da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio José Leão Nunes, em Cariacica, onde pouco mais de 100 estudantes frequentavam as aulas presenciais. As atividades foram suspensas nesta segunda-feira (9)  e só têm previsão de retorno no dia 23. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a Vigilância Sanitária esteve na unidade após ser acionada pela diretoria, e sugeriu que a escola suspendesse as atividades por 14 dias para evitar a proliferação do coronavírus.

A prefeitura de Cariacica, responsável pela Vigilância Sanitária, e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), órgão ao qual está vinculada a escola, não informaram o número de pessoas infectadas. 

No final do mês passado, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio David Roldi, em São Roque do Canaã, também precisou ser fechada. De acordo com a prefeitura, as aulas foram suspensas em dia 26 de outubro após sete funcionários, entre professores, serventes e servidores da secretaria, testarem positivo para a Covid-19.

Na rede privada, também houve episódios de suspensão de atividades presenciais, não para toda a escola, mas para determinados segmentos. É o caso da unidade do Darwin, em Vila Velha, onde  os estudantes do ensino fundamental tiveram que voltar para o ensino remoto após quatro professores apresentarem sintomas de síndromes gripais, sendo que um deles testou positivo para a Covid-19. O planejamento é retornar as aulas no próximo dia 13 de novembro.

Nesta segunda-feira (9), foi a Escola Primeiro Mundo, em Vitória, que retirou provisoriamente a disponibilidade de aulas presenciais para três turmas do ensino fundamental II, após um professor também ter sido diagnosticado com a doença.

FISCALIZAÇÃO

A situação das escolas tem sido acompanhada pelas equipes de Vigilância Sanitária. Na Serra, as inspeções fazem parte da rotina. Das denúncias recebidas, segundo o órgão, 43 casos foram confirmados e investigados, todos em unidades particulares e estaduais. Mas, na avaliação da vigilância, os casos identificados não caracterizam surto ou a necessidade do fechamento das unidades de ensino. A rede municipal só retoma as atividades presenciais em 2021. 

Na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus)  informou que tem realizado fiscalizações e algumas escolas foram notificadas para adequações do plano estratégico de prevenção e controle, ou da estrutura física. O número de unidades de ensino notificadas não foi divulgado. 

Já a Vigilância Sanitária de Vila Velha declarou que nenhum colégio teve as atividades escolares suspensas por notificação, uma vez que os estabelecimentos não apresentaram, até o momento, situação em que a medida fosse necessária. O órgão informou, ainda, que tem feito ações preventivas de fiscalização em escolas que já apresentaram seus Planos Estratégicos de Prevenção e Controle, independentemente do registro de denúncia.

Volta às aulas nas escolas de nível fundamental - Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Major Alfredo Pedro Rabaioli, no bairro Mário Cypreste, em Vitória
O uso de máscaras é obrigatório dentro das escolas. (Fernando Madeira)

TENSÃO

Apesar dos casos já registrados, para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Ildebrando José Paranhos, o quadro de contaminação pode ser ainda pior.

"O Estado está colocando em risco a vida dos profissionais e dos alunos, pois está havendo aula presencial normalmente. Há professores que foram afastados com suspeitas, estão com muito medo. Alunos tiram as máscaras e encostam nos professores.  Os profissionais estão em pânico sem ter a quem recorrer, visto que há ambientes que são fechados, não há circulação de ar, janelas, nem mesmo básculas em alguns locais de trabalho e com várias pessoas trabalhando juntas", pontuou Ildebrando. 

As escolas são orientadas a comunicar à Sedu e à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) sobre registros de casos confirmados de Covid-19. Em nota conjunta, porém, os dois órgãos se limitaram a responder que a quantidade de escolas que tiveram que suspender as aulas presenciais e os casos confirmados ainda está sendo levantada. A solicitação de dados foi feita pela primeira vez no dia 3 de novembro, mas até esta segunda (9) não havia conclusão desse levantamento

Ao ser questionada sobre o  Inquérito Escolar e o Censo dos profissionais, a Sedu, também em nota, disse que serão divulgados nos próximos dias, sem delimitar data.  O órgão reforçou que as escolas foram autorizadas a abrir, desde que seguissem um protocolo, que foi elaborado pela Sesa, sendo que uma das orientações do protocolo é que qualquer pessoa com síndrome gripal deve se ausentar da unidade de ensino e comunicar à direção da escola. 

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