A tão sonhada aposentadoria é um momento aguardado por muitos! E ela chegou na última sexta-feira (16) para o Wookie, um cão que atuava na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Espírito Santo. Ele estava na corporação há oito anos e, com o faro apurado e obediência, colaborou para a apreensão de drogas em diversas operações policiais, se destacando por conseguir detectar entorpecentes em locais improváveis.
Jorge Morgado Neto, agente de polícia, médico veterinário e responsável pelo adestramento, socialização e treinamento do Wookie, explica que o animal sempre demonstrou habilidade, obediência e subordinação. O adestrador relembra uma operação realizada no município de Venda Nova do Imigrante, em um terreno grande, onde o cão conseguiu detectar a droga que estava enterrada, obtendo êxito ao apreender 375 pedras de crack.
Em outra ação, na cidade de Anchieta, Wookie indicou em um quarto e jogou no chão 1.700 comprimidos de ecstasy, carga avaliada entre 50 e 80 mil reais.
Além disso, o animal participou, ao lado do seu adestrador, do Projeto “Patrulha Canina”, em que o trabalho do cão policial é apresentado em escolas para crianças de dois a 12 anos.
Cães que atuam na detecção de drogas são treinados desde os primeiros meses de vida até estarem aptos a atuar nas operações policiais. O Wookie, por exemplo, chegou à corporação com apenas dois meses de vida, por meio de doação. Logo que entrou, foram realizados vários testes, que constataram o potencial do bicho.
Até estarem aptos para o trabalho, os cães policias passam por um período de adaptação a diversos tipos de ambiente para se acostumarem com o barulho, movimento e água. O estímulo a caça também faz parte do treinamento: são apresentados odores de drogas como crack, maconha e cocaína, para que os animais façam a detecção e indiquem em qual local o material está escondido.
Os cães policiais são aposentados após oito a dez anos de idade. Já aposentado, Wookie foi doado e está sob os cuidados de um policial da Core.
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