Em uma versão anterior, o título e o texto afirmavam que cinco empresas já disputam ser gestoras do aporte inicial de R$ 250 milhões do Fundo Soberano do Estado. Essa informação está errada. Tratam-se de empresas que já demonstraram interesse em participar da chamada pública. Ainda não foram feitas propostas formais ao Bandes. O prazo previsto em edital é até o dia 16 de julho.
No Espírito Santo, um novo Fundos de Venture Capital (VC) vai contribuir para a atração de novos negócios. Cinco empresas já mostraram interesse em disputar a gestão do aporte inicial de R$ 250 milhões. O dinheiro que será aplicado na aquisição de cotas ou ações de companhias que atuam no Estado é do Fundo Soberano do Estado. A proposta é investir em negócios e startups com um diferencial inovador e com grande potencial de crescimento.
O Fundo Soberano foi criado em 2019, com recursos extras do petróleo que o Estado ganhou após acordo com a Petrobras para pagamento de participação especial que estava em litígio há anos. Em novembro do ano passado, um decreto publicado no Diário Oficial do Estado permitiu que o governo se tornasse sócio de empresas utilizando 60% dos recursos dessa poupança. O restante será economizado para futuras gerações.
Esse novo Fundo de Investimento em Participações (FIP) é conduzido pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e, de acordo com o diretor-presidente do Banco, Munir Abud de Oliveira, já nasce como um dos maiores dessa categoria de venture capital.
“Ter um banco de desenvolvimento é um atrativo que poucos Estados têm. É difícil encontrar até países que oferecem esse investimento. Então, com isso, o Espírito Santo se mostra como um Estado inovador, que se coloca em um novo patamar econômico no cenário nacional”, afirma.
O projeto está na fase de seleção, que vai até o dia 16 de julho (veja o edital). A gestora selecionada é a que vai escolher as empresas que receberão o investimento de até 15% dos R$ 250 milhões, o equivalente a R$ 37,5 milhões. Esse também é mais um diferencial do fundo, o primeiro do país com recursos públicos a dar autonomia para a empresa gestora.
Esse tipo de investimento é uma modalidade de apoio distinta do crédito tradicional, na qual uma gestora do fundo identifica o potencial de crescimento de um negócio e adquire um percentual de suas ações ou cotas.
Apesar da escolha ainda estar em aberto, um dos parâmetros já foi definido: a área de atuação do investimento. Munir Abud aponta como alvos, principalmente, os setores de tecnologia, como economia criativa; serviços financeiros; serviços digitais; energias renováveis; Tecnologias da Informação e Comunicação (“TIC”), e nanotecnologia.
Outros negócios também podem ser selecionados para o investimento como na área de educação; saúde e ciências da vida; energias renováveis; químico e materiais; meio ambiente; agronegócio; metalmecânico; transporte; logística; rochas ornamentais; economia do turismo e lazer; madeira e móveis; confecção; têxtil e calçados.
A expectativa é que o projeto seja lançado ainda em 2021. O prazo do fundo é de 10 anos, depois disso é esperado que as empresas investidas gerem um retorno tanto para a gestora quanto para o Fundo Soberano. O diretor-presidente enfatiza que o programa vai, não só contribuir com a geração de negócios capixabas, também atrair novos investimentos para o Estado.
“O Espírito Santo tem potencial para se reindustrializar, então o objetivo é atrair novas empresas, ofertando mais do que os outros Estados oferecem”, aponta.
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