Em meio à pandemia, o número de pessoas desalentadas, isto é, que desistiram de buscar emprego apesar da necessidade, chegou a 58 mil no Espírito Santo no segundo trimestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São consideradas desalentadas as pessoas que não buscam emprego por considerar que não conseguiriam um trabalho adequado, que não tem a experiência profissional ou qualificação necessária, que não conseguiram emprego por serem jovens ou idosas demais, ou simplesmente por não haver trabalho na área em que vivem.
O quantitativo de pessoas nessa situação saltou 40,8% em relação ao trimestre anterior, pois, até então, havia 41 mil desalentados no Estado. O resultado na comparação com o segundo trimestre de 2019 preocupa ainda mais. Entre abril e junho do ano passado, o Estado contava com 33 mil desalentados, o que significa que, em um ano, a quantidade de pessoas que desistiram de buscar emprego aumentou em 78,2%.
Também houve aumento na força de trabalho potencial, formada por dois grupos: pessoas que realizaram busca efetiva por trabalho, mas não se encontravam disponíveis para trabalhar na semana de referência da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), e pessoas que não haviam realizado busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar. O número saltou de 94 mil no primeiro trimestre, para 158 mil entre abril e junho, uma variação de 68,9%.
O número de pessoas sem remuneração foi engrossado pelas demissões ocorridas durante o período de crise. Cerca de 139 mil pessoas deixaram o grupo de ocupadas, no segundo trimestre deste ano, no Espírito Santo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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