SÃO PAULO - A Gol Linhas Aéreas confirmou que irá operar a rota internacional ligando o Aeroporto de Vitória ao de Ezeiza, em Buenos Aires, capital da Argentina. A companhia, porém, ainda não sabe quando a rota deve ter as as viagens iniciadas. A venda de passagens está prevista para começar em meados de 2020.
O diretor de Planejamento de Malha Aérea da Gol, Rafael Araújo, disse que a intenção é iniciar a operação também no próximo ano, mas não é possível cravar uma data agora.
"Estávamos esperando pela internacionalização, que acabou de sair. Com essa autorização, a intenção é de começar as operações no próximo ano, mas isso vai depender de alguns trâmites e autorizações para o voo", explicou à reportagem de A Gazeta em workshop promovido para a imprensa na sede da empresa, em São Paulo,
Anteriormente, a companhia já havia explicado que precisaria de cerca de seis meses após a internacionalização para conseguir viabilizar a rota. A expectativa é que seja um voo semanal, aos sábados, com ida e volta. Os valores das passagens ainda não foram informados.
Um voo teste da nova rota deve acontecer entre fevereiro e março deste ano, de acordo com o governo do Espírito Santo.
Vale lembrar que a internacionalização do aeroporto, confirmada nesta terça (5), só foi feita por causa da solicitação da companhia de operar a rota para a Argentina no Estado.
A Gol, que é líder no mercado doméstico brasileiro, tem buscado fortalecer sua atuação internacional com presença em capitais da América do Sul, com novos destinos ligando ao Aeroporto de Ezeiza e novas rotas para cidades como Quito, no Equador, e Lima, no Peru.
O primeiro voo internacional é fruto dessa estratégia aliada ao fato de que desde 2018, no Espírito Santo, as companhias podem conseguir a redução do imposto (ICMS) - tributo que é pago sobre o querosene de aviação - se abrirem novas rotas para o Aeroporto de Vitória.
Araújo explicou que, por questões de estratégia de negócio, a Gol não adianta possíveis novas rotas, mas que expansões de voos estão sendo estudadas para todo o país. Ele explicou ainda que para abrir uma nova rota, seja ela doméstica ou internacional, há vários itens que precisam ser levados em conta. O primeiro e mais importante é "que tem que haver demanda".
"Não adianta abrir um voo para ficar três ou quatro meses operando vazio e dando prejuízos e depois acabar com ele", comenta.
No evento, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse que a crise econômica na Argentina não é vista com preocupação para os planos da empresa para o país.
"Estamos há 19 anos operando e basicamente em economias voláteis, como a brasileira. O nosso modelo de negócio e o histórico da Gol nos permite superar essa volatilidade, buscando sempre o menor custo possível nas operações. Então, não temos intenção de nenhuma mudança nos planos que temos para a Argentina", enfatizou.
Kakinoff afirmou ainda que não acredita que a concentração do mercado de aviação no Brasil pressione as tarifas a serem mais altas. Para ele, o que precisa acontecer é uma busca das empresas do setor em sempre reduzir seus custos e, com isso, baratear as passagens.
Ele citou como exemplo o caso da Avianca. "Falaram que era um triopólio que se aproveitou e jogou o preço das passagens lá em cima quando a Avianca parou de operar em maio. O que houve foi um aumento de demanda e nas vésperas dos voos. Quem tinha comprado antes precisava comprar com outra companhia, e tínhamos poucas vagas. É a lei do mercado, oferta e procura."
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