A concessionária do Aeroporto de Vitória tem planos de construir uma verdadeira cidade nos terrenos vazios que fazem parte da área do terminal. Além de shopping center, centro de convenção e hotéis, a proposta é instalar campi de faculdades, unidades de escolas, parque urbano com lago, atacarejo, hospital, área de esportes e pontos gastronômicos com bares e restaurantes.
A proposta é desenvolver nos próximos anos o plano imobiliário para esses espaços ociosos em volta do Eurico Aguiar Salles. A exploração pelo mercado da construção civil já era cogitada, conforme já mostrou A Gazeta.
Estão previstos ainda para a região empreendimentos como escola, arena multiuso, igrejas e escritórios. O anúncio do plano foi feito nesta quarta-feira (27) pela Zurich Airport, concessionária suíça que administra o terminal. A coletiva contou com a participação do CEO na América Latina, Tobias Markert, e de Ricardo Gesse, CEO no Brasil.
Um dos destaques deve ser uma rua gastronômica, que será construída no entorno do terminal com vários bares e restaurantes. "A gente quer fazer um novo Triângulo das Bermudas aqui", comentou Ricardo Gesse em referência a região na Praia do Canto onde existe um polo gastronômico.
O executivo afirmou que o objetivo é fazer do aeroporto um empreendimento que possa gerar fluxo constante de pessoas em todos os dias e horários, explorando várias vocações.
Hoje, a área total do Aeroporto de Vitória tem mais de 1 milhão de metros quadrados, ocupando 20% do território da capital do Espírito Santo. É a última grande área disponível para desenvolvimento imobiliário em Vitória.
O plano de desenvolvimento da Zurich para Vitória é inspirado em práticas da concessionária em outros terminais que ela administra pelo mundo, segundo Tobias Markert, CEO do grupo na América Latina.
A empresa construiu um "boulevard comercial" na frente do recém-inaugurado Aeroporto de Florianópolis, por exemplo, e uma mini cidade em formato de círculo nas imediações do Aeroporto de Zurique, na Suíça. Em Belo Horizonte, onde a Zurich tem participação na concessão, está em desenvolvimento o conceito de aeroporto-indústria.
A concessionária dividiu as áreas ociosas - e possíveis de serem ocupadas comercialmente, considerando as limitações impostas pelo tráfego aéreo - em cinco zonas no entorno do sítio aeroportuário. São elas:
"Temos as partes de logística e de varejo muito bem encaminhadas, e temos agora o desenvolvimento da área central, que estamos apresentando agora e que é um pouco mais trabalhoso. Isso porque são vários elementos que se conectam, precisa de um investimento alto para se fazer", explicou Ricardo Gesse.
O executivo não detalhou quais investimentos estão mais perto de serem confirmados, mas ponderou que toda a proposta feita pelo aeroporto é baseada na demanda.
Com o plano de desenvolvimento em mãos, a expectativa é que essas novas áreas - sobretudo a central, que prevê a mini cidade - estejam prontas num prazo entre cinco e oito anos.
Ricardo Gesse explicou que primeiro será preciso validar o conceito junto a investidores, confirmando os empreendimentos e fazendo a engenharia financeira para viabilizar a construção, e a partir de então iniciar os projetos e o processo de licenciamento ambiental. Só após isso iniciaria a construção.
Além do desenvolvimento de negócios na área externa do aeroporto, a concessionária também prevê que dentro do terminal novas lojas sejam abertas em breve. A expectativa é que a ocupação de espaços internos se aproxime de 100% até o fim deste ano,
Estão previstas a abertura de duas unidades da cervejaria Heineken (uma no saguão e outra na sala de embarque), uma unidade do Subway, uma nova cafeteria Delta Expresso, Forneria Ouro Preto e H Vegan.
Além do planejamento imobiliário, a Zurich apresentou nesta quarta-feira (27) a nova identidade visual do aeroporto, que passa a levar a marca Vitória Airport, se adaptando ao modelo já usado pela concessionária em outros terminais, como o Floripa Airport (SC) e o BH Airport (MG). Confira:
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