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“Ainda estamos entre os 10 Estados mais competitivos do País”

“Ainda estamos entre os 10 Estados mais competitivos do País”

Para o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, resultado do Ranking de Competitividade dos Estados 2022 não pode ser comparado com os anos anteriores

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 21:11

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Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo, em Vitória
Palácio Anchieta. (Hélio Filho / Secom)

De acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados 2022, realizado anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP), economia/espirito-santo-cai-cinco-colocacoes-em-ranking-de-competitividade-0922" class="link" target="_blank">o Espírito Santo é a 10ª federação mais competitiva do País. Em relação à colocação de 2021, o Estado caiu cinco posições.

Apesar da queda, para o governo estadual, a colocação do Espírito Santo ainda é positiva. De acordo com o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, a própria metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo limita a comparação entre um ano e outro.

“O Ranking de Competitividade se baseia em 86 indicadores, divididos em dez pilares. O problema é que muitos desses indicadores não estavam contemplados na última edição, sendo um limitador para a comparação. Além disso, a metodologia também une ações não apenas do Estado, mas do governo federal e dos municípios, assim como dos poderes Legislativo e Judiciário, o que torna o resultado complexo. E, apesar de tudo isso, ainda estamos entre os dez Estados mais competitivos do Brasil”, explica.

Pablo Lira
Pablo Lira. (Arthur Louzada)

No pilar que o Espírito Santo teve a pior avaliação, Eficiência da Máquina Pública, Lira explica que três indicadores não estavam no estudo do CLP de 2020. São eles: Prêmio Salarial Público-Privado, Equilíbrio de Gênero na Remuneração Pública Estadual e Equilíbrio de Gênero no Emprego Público Estadual.

Aspas de citação

A administração pública não é tão volátil para, em dois anos, mudar tanto. Olhando a metodologia, não vemos um nível de transparência, o que demonstra uma certa inconsistência. Foram acrescentados três novos indicadores nesse pilar, que traz um resultado sintético dos três poderes.

Pablo Lira
Diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN),
Aspas de citação

No que tange a segurança pública, Lira avalia que o resultado do ranking mostrou o trabalho do Espírito Santo em reduzir o número de homicídios, mas que outros desafios continuarão sendo trabalhados pelo governo.

“Diminuímos o número de vítimas fatais no trânsito, mas caímos no índice que mede a morbidade no trânsito, que é o número de acidentes com vítimas não-fatais. Além disso, nesse pilar, vemos como um desafio a questão dos presos provisórios, indicador que tivemos um aumento. Nele, vemos a importância da atuação do Poder Judiciário e não apenas das ações do Estado”, disse.

BONS INDICADORES

Lira destacou que o Espírito Santo tem bons indicadores, apesar do resultado do ranking.

“Temos a menor mortalidade infantil, somos o segundo Estado com a maior esperança ao nascer, estamos com recorde na geração de emprego, de acordo com o Caged, e crescimento acima da média na área do Turismo. Ou seja, temos vários condicionantes que apontam que o Espírito Santo tem condições de melhorar na comparação nacional”, disse.

No entanto, segundo o diretor de Integração e Projetos Especiais , o resultado do ranking depende de várias frentes de trabalho, como as políticas estadual, federal e municipais, assim como as ações dos três poderes.

“Até 2024, prevemos que o Espírito Santo receba cerca de R$ 45 bilhões em investimentos público-privados, o que vai gerar emprego, renda e aprimoramento das políticas públicas. Tudo isso são condicionantes de que o Estado, a médio e longo prazos, vai ter resultados positivos na competividade”, finalizou.

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