De acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados 2022, realizado anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP), economia/espirito-santo-cai-cinco-colocacoes-em-ranking-de-competitividade-0922" class="link" target="_blank">o Espírito Santo é a 10ª federação mais competitiva do País. Em relação à colocação de 2021, o Estado caiu cinco posições.
Apesar da queda, para o governo estadual, a colocação do Espírito Santo ainda é positiva. De acordo com o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, a própria metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo limita a comparação entre um ano e outro.
“O Ranking de Competitividade se baseia em 86 indicadores, divididos em dez pilares. O problema é que muitos desses indicadores não estavam contemplados na última edição, sendo um limitador para a comparação. Além disso, a metodologia também une ações não apenas do Estado, mas do governo federal e dos municípios, assim como dos poderes Legislativo e Judiciário, o que torna o resultado complexo. E, apesar de tudo isso, ainda estamos entre os dez Estados mais competitivos do Brasil”, explica.
No pilar que o Espírito Santo teve a pior avaliação, Eficiência da Máquina Pública, Lira explica que três indicadores não estavam no estudo do CLP de 2020. São eles: Prêmio Salarial Público-Privado, Equilíbrio de Gênero na Remuneração Pública Estadual e Equilíbrio de Gênero no Emprego Público Estadual.
No que tange a segurança pública, Lira avalia que o resultado do ranking mostrou o trabalho do Espírito Santo em reduzir o número de homicídios, mas que outros desafios continuarão sendo trabalhados pelo governo.
“Diminuímos o número de vítimas fatais no trânsito, mas caímos no índice que mede a morbidade no trânsito, que é o número de acidentes com vítimas não-fatais. Além disso, nesse pilar, vemos como um desafio a questão dos presos provisórios, indicador que tivemos um aumento. Nele, vemos a importância da atuação do Poder Judiciário e não apenas das ações do Estado”, disse.
Lira destacou que o Espírito Santo tem bons indicadores, apesar do resultado do ranking.
“Temos a menor mortalidade infantil, somos o segundo Estado com a maior esperança ao nascer, estamos com recorde na geração de emprego, de acordo com o Caged, e crescimento acima da média na área do Turismo. Ou seja, temos vários condicionantes que apontam que o Espírito Santo tem condições de melhorar na comparação nacional”, disse.
No entanto, segundo o diretor de Integração e Projetos Especiais , o resultado do ranking depende de várias frentes de trabalho, como as políticas estadual, federal e municipais, assim como as ações dos três poderes.
“Até 2024, prevemos que o Espírito Santo receba cerca de R$ 45 bilhões em investimentos público-privados, o que vai gerar emprego, renda e aprimoramento das políticas públicas. Tudo isso são condicionantes de que o Estado, a médio e longo prazos, vai ter resultados positivos na competividade”, finalizou.
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