Três meses após o anúncio do rombo de cerca de R$ 43 bilhões e de dar início a um processo de recuperação judicial, a Lojas Americanas ainda lida com problemas provocados pela dívida bilionária. No Espírito Santo, além do recente fechamento da unidade existente há 30 anos no Shopping Vitória, a tradicional loja do Centro da Capital registra prateleiras vazias e pouco movimento, realidade bem diferente de anos anteriores.
A reportagem de A Gazeta esteve no local e percorreu os inúmeros corredores, encontrando poucos clientes no estabelecimento. Nas prateleiras destinadas aos doces — uma das mais procuradas pelos consumidores —, foi possível notar, na ocasião, a ausência de produtos tradicionais, como o Bis com 20 unidades.
Outros produtos clássicos, como o bombom Serenata de Amor, também estavam com poucas unidades à venda, indicando falta de reposição. Situação que se repetiu nos setores de limpeza e de higiene pessoal, onde havia espaços vazios nas prateleiras.
No último dia 11, a Americanas do Shopping Vitória fechou as portas por decisão judicial. "A Lojas Americanas está fechada por determinação judicial em razão de ação de despejo movida pelo Shopping Vitória", informou a assessoria do shopping em nota.
A Gazeta apurou e informou em primeira mão, à época, que essa ação de despejo é anterior ao processo de recuperação judicial no qual a gigante do varejo entrou neste ano. O motivo seria divergências de contrato da Americanas com o shopping.
Segundo a Americanas, foram encerradas as atividades por "motivos de litígio oriundo de divergência por parte do shopping sobre o processo de recuperação judicial da companhia”.
No perfil de A Gazeta no Instagram, entre os mais de 2 mil comentários sobre o fechamento da loja no Shopping Vitória — a maior parte deles carregados de nostalgia —, havia impressões sobre outras unidades da Americanas no Estado.
Por meio de nota, a Lojas Americanas explicou a falta de alguns produtos à venda na unidade do Centro de Vitória.
"As vendas totais de Páscoa da Americanas apresentaram crescimento de 10% no evento e, devido à alta demanda verificada nas lojas da marca, pode levar a alguma falta de produtos relacionados à data. A companhia segue comprometida com seu propósito de entregar a melhor experiência aos milhões de clientes em todo o Brasil e focada na manutenção da fonte produtora, na gestão do negócio e no plano de recuperação judicial", explica empresa na nota.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta