Para reduzir o tamanho das dívidas, as Lojas Americanas se preparam para montar “processos competitivos organizados” para se desfazer de operações que foram adquiridas nos últimos anos. E já atraem empresas interessadas em comprar, entre outras, a rede capixaba Hortifruti Natural da Terra. As informações são de O Globo.
Outras marcas também despertam interesse do mercado, como o grupo Uni.Co (dono das marcas Puket, Imaginarium e Love Brands) e a participação na Vem Conveniência, joint venture com a Vibra (ex-BR Distribuidora). A expectativa da Americanas é arrecadar ao menos R$ 2 bilhões com a venda desses ativos.
A rede Hortifruti Natural da Terra, fundada em Colatina, no Norte do Estado, foi comprada pela Americanas em agosto de 2021. O negócio foi fechado por R$ 2,1 bilhões.
A rede é a maior varejista especializada em produtos frescos com foco em frutas, legumes e verduras do Brasil. À época, tinha 73 lojas espalhadas por quatro Estados: no Espírito Santo, Rio de Janeiro e em Minas Gerais, com a bandeira Hortifruti; e em São Paulo, como Natural da Terra.
A Americanas apresentou, na noite de segunda-feira (20), a primeira versão do seu plano de recuperação judicial. A proposta prevê um aumento de capital de R$ 10 bilhões a ser feito pelos principais acionistas: Marcel Telles, Beto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, que são sócios da 3G Capital. Esse valor já inclui os R$ 2 bilhões em linhas de financiamento. Assim, a injeção de recursos pode chegar a R$ 12 bilhões com a venda de ativos.
As dívidas da rede varejista chegam a R$ 42,482 bilhões, com 9.462 credores. A Americanas entrou em recuperação judicial há dois meses após o então presidente Sergio Rial ter revelado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões nas contas da varejista.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta