Ao avistar os policiais federais que cumpririam o mandado de prisão contra ele, na última terça-feira (17), o líder da Telexfree Carlos Wanzeler lançou o aparelho celular dele pela janela do carro. Para a Polícia Federal, foi uma tentativa de destruir possíveis provas.
Na ocasião, Wanzeler e Carlos Costa, outro chefe do que ficou conhecido como o maior esquema de pirâmide do mundo, foram presos, em Vila Velha. Dois dias depois, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Paulo Cesar Morais Espírito Santo, liberou ambos ao conceder liminar (decisão provisória) em pedido de habeas corpus.
A tentativa de se desfazer do celular durante cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão na Operação Alnilam foi flagrada por um popular. Ele alertou os policiais, que recuperaram o aparelho. A PF relatou o episódio à Justiça Federal, conforme consta em processo ao qual A Gazeta teve acesso.
Na decisão por meio da qual recebeu a mais recente denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) contra os chefões da Telexfree por lavagem de dinheiro, o juiz federal substituto Vitor Berger Coelho também mencionou o arremesso do celular.
São cerca de 20 ações penais relacionadas à Telexfree em tramitação na Justiça Federal. A mais recente é fruto de denúncia oferecida pelo MPF-ES por lavagem de dinheiro por meio de um imóvel localizado no Centro de Vitória.
O advogado de Carlos Wanzeler, Rafael Lima, afirmou que o ato não foi má-fé do empresário, mas possivelmente uma reação natural em "momento de desespero ou descuido". O representante do empresário disse que todos os esclarecimentos sobre as investigações serão apresentados em momento oportuno.
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