Desde o dia 17 de janeiro o excesso de chuvas vem prejudicando as plantações do Espírito Santo. Além disso, a dificuldade de escoar a produção das zonas rurais para os centros de comercialização por causa das estradas e pontes fechadas vem colaborando para que vários produtos fiquem mais caros.
No entreposto da Grande Vitória das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), por exemplo, alguns alimentos já estão até 79% mais caros nesta quinta-feira (30),. A expectativa é que esse aumento nos preços chegue em breve no bolso do consumidor.
As chuvas intensas já trouxeram prejuízos que ultrapassam R$ 88 milhões para o agronegócio do Estado, segundo projeções do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). Alguns produtores perderam toda a produção. Os maiores prejuízos foram registrados em Anchieta, Piúma, Vargem Alta, Muniz Freire e Iconha.
Levantamento feito pela reportagem com base no boletim diário de preços da Ceasa aponta que desde o início das chuvas a alface foi o produto que registrou a maior alta nos preços: 78,9%. No dia 17, um pé da folhagem era comercializado a R$ 1,33. Já nesta quinta-feira (30), a verdura passou a ser vendida a R$ 2,38.
O segundo produto com maior alta nos preços foi a banana prata, com acréscimo de 66,67% no mesmo período. No dia 17, era comercializada a R$ 0,75 o quilo e nesta quinta passou para R$ 1,25. A fruta é um dos principais alimentos produzidos na região Sul do Estado, severamente afetada pelas chuvas.
A enxurrada arrastou e inundou bananais em Alfredo Chaves, um dos principais municípios produtores de banana no Estado. Além da produção, a enxurrada deixou muitos agricultores sem estradas e alguns deles precisaram escoar a produção quase que manualmente.
Outros produtos que devem ficar mais caros nas próximas semanas são os tubérculos, como o inhame, o aipim e batatas. O solo extremamente encharcado deve prejudicar a produção. Também na lista de itens que podem encarecer ainda mais estão as folhagens em geral, que em alguns municípios ficaram submersos durante a cheia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta