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Após três meses de alta, setor de serviços no ES cai 2% em outubro

Após três meses de alta, setor de serviços no ES cai 2% em outubro

Resultado negativo mostra as dificuldades do segmento se recuperar, diferentemente do comércio que tem apresentado alta nas vendas

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 11:25

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Empregadas domésticas
Setor de serviços continua sentido efeitos amargos da crise. (Shutterstock )

O setor de serviços do Espírito Santo apresentou retração de 2% em outubro, após três meses de alta no volume de negócios. A baixa no Estado vai na contramão do país, que cresceu 1,7%.

Em terras capixabas, o indicador está bem abaixo dos níveis pré-crise, enquanto o dado nacional aponta para uma tentativa de retomada, embora não tenha atingido o mesmo volume de negócios de antes da pandemia.

Em relação a outubro do ano passado, o índice apresenta queda de 7,2%. No acumulado do ano, o desempenho foi negativo em 8,2%. Diferentemente do que tem acontecido com o varejo, o setor de serviços tem demonstrado mais dificuldades de recuperar as perdas causadas pelo novo coronavírus.

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, mostram que o pior resultado é o de atendimento às famílias que apresentou contração de 19,3% em comparação com outubro de 2019. O de trabalho administrativo foi de 9,9% negativo.

RESULTADO NO PAÍS

No país, o crescimento de 1,7% foi o quinto resultado positivo consecutivo, acumulando ganho de 15,8% nesse período. O resultado, porém, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% entre fevereiro e maio, geradas pela pandemia. O volume de serviços prestados se encontra 16,6% abaixo do recorde histórico alcançado em novembro de 2014 e 6,1% inferior a fevereiro de 2020.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11), pelo IBGE.

Em relação a outubro de 2019, o setor recuou 7,4%, registrando a oitava taxa negativa seguida nessa comparação. No ano, a queda foi de 8,7%, enquanto nos últimos 12 meses, o recuo chegou a 6,8%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em dezembro de 2012 para esse indicador.

Na passagem de setembro para outubro, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram, com destaque para Informação e comunicação (2,6%). Apenas o setor de Outros serviços (-3,5%) registrou taxa negativa nessa comparação, devolvendo parte do ganho de 19,2% acumulado nos últimos quatro meses.

Já no acumulado de janeiro a outubro de 2020, Outros serviços (6,4%) foi a única contribuição positiva. “O setor se encontra acima do patamar de fevereiro, antes dos efeitos da pandemia. Essa atividade vem sendo impulsionada, principalmente, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias, além de administração de bolsas e mercados de balcão organizados”, comenta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

A outra atividade que também opera acima do patamar pré-pandemia é a de Informação e comunicação, que avançou 2,6% em relação a setembro, mas ainda acumula recuo de 2,3% no ano. Dentro desse setor, o segmento de Tecnologia da Informação demonstra dinamismo e recuperação, sendo um dos poucos com resultado positivo no acumulado do ano (7,4%).

Dentre os setores mais afetados pela pandemia, Transportes (1,5%) cresceu pelo sexto mês consecutivo, enquanto Serviços prestados às famílias (4,6%) atingiu a terceira alta seguida. Porém, no ano, o primeiro ainda acumula retração de 8,5% e o segundo, de 37,7%.

Já o índice de Atividades turísticas apontou expansão de 7,1% frente ao mês imediatamente anterior, sexta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 102,6%. Contudo, o segmento ainda precisa avançar 54,7% para retornar ao patamar de fevereiro.

Alguns segmentos de serviços que se relacionam diretamente com o turismo, como o de Alojamento e alimentação, que teve alta de 6,4% em outubro frente ao mês anterior, e o de Transporte aéreo, que teve alta de 0,7%, ainda acumulam as quedas mais expressivas no ano (-39,2% e -37,6%, respectivamente).

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Com informações do IBGE

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