A empresa Aeroportos do Sudeste do Brasil (ASeB), subsidiária da Zurich Airport, que venceu o leilão de concessão do Aeroporto de Vitória, confirmou a intenção de explorar as áreas do aeroporto da Capital para a construção de empreendimentos. Um centro de convenções, supermercados e outros empreendimentos podem fazer parte do espaço nos próximos anos. A companhia passará a controlar as operações do terminal capixaba em 2 de janeiro.
Nesta quinta-feira (7) durante uma conversa com jornalistas em Vitória, representantes da empresa confirmaram que já elaboram um plano diretor para conhecer a área, avaliar como os espaços poderão ser utilizados e iniciar contatos com potenciais investidores. Não foi divulgado o nome de nenhuma empresa, mas em novembro de 2018 a francesa Leroy Merlin - multinacional de artigos de decoração e material de construção - anunciou que terá instalações na área próxima ao aeroporto e já está em fase de construção.
Poeter disse que o momento é de avaliação. "Agora é estudar o que tem, ouvir as companhias aéreas, e ouvir, por exemplo, empresários que querem abrir um supermercado ou algo assim. Depois, pensar na divisão dos pontos, evitando um desenvolvimento comercial em áreas que no futuro podemos precisar para os aviões."
Em março, a Infraero informou à reportagem de A Gazeta que o aeroporto de Vitória possui uma área de 987 mil metros quadrados destinados a empreendimentos comerciais. Alguns terrenos estão situados em locais valorizados, como a Avenida Dante Michelini, com vista para o mar. Outros estão na nova Avenida Adalberto Simão Nader.
Segundo uma fonte que participou do processo de negociação para a chegada da empresa, a Leroy Merlin vai ficar instalada no terreno na aérea próxima do aeroporto por 20 anos e fará pagamentos mensais à Infraero, inicialmente, e depois à concessionária.
Segundo Poeter, o estudo vai contemplar os interesses das regiões envolvidas, pensando o uso do espaço em conjunto com as cidades de Vitória, onde está o aeroporto, e Serra, que fica nas proximidades. "Obviamente não vamos fazer nada que está contra as ideias de Vitória e Serra. Somos bem conscientes desse desenvolvimento urbano. É um perímetro e dentro dele podemos fazer o que queremos fazer. Temos de seguir a regulação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil)", explicou.
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