O consumidor vem sentindo no bolso, desde o ano passado, o avanço da inflação sobre o preço dos alimentos. O ano virou e ela não deu trégua. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país medida pelo IBGE, os alimentos e bebidas ficaram 0,9% mais caros na Grande Vitória em janeiro, com destaque para os custos com a alimentação em domicílio, que subiram 0,7%. Esses resultados ajudaram a inflação do Espírito Santo a ter alta de 0,44% no mês.
O aumento veio apesar da queda nos preços registrada em janeiro em produtos que vinham sendo os vilões da cesta básica em 2020. O preço médio do arroz caiu 1,91% e o do óleo de soja reduziu 2,1% no mês. Também ficaram mais baratos no mês itens como carne de porco (-3,34%), leite longa vida (-3,68%) e ovos de galinha (-5,22%).
Por outro lado, as maiores altas do mês vieram principalmente frutas, legumes e vegetais. O abacaxi (46,81%), o tomate (24,93%), a cebola (19,78%), a manga (15,5%) e a batata-inglesa (15,44%) foram os cinco itens que mais subiram de preço no Estado no primeiro mês de 2021. Veja a lista completa no final da matéria
A alta do IPCA da Grande Vitória em janeiro foi a sexta seguida. Essa sequência inflacionária já vem apertando o orçamento das famílias desde o início do ano passado. Ao longo de 2020, apenas dois meses foram de deflação - fevereiro (-0,37%) e julho (-0,95%). No acumulado do ano, o custo da alimentação em domicílio no Estado cresceu 22,18%.
Enquanto itens essenciais no dia a dia das famílias brasileiras caíram de preço, como o arroz e o açúcar, outros continuam subindo. É o caso do açúcar cristal (5,12%), do feijão-preto (4,32%) e do macarrão (1,23%).
No acumulado de 2020, a inflação da alimentação em casa chegou a 22,18% no Estado. Alguns alimentos chegaram a dobrar de preço, como foi o caso do tomate (137,47%). Outros produtos básicos também foram às alturas, como o óleo de soja (84,81%), a batata-inglesa (84,13%), o abacaxi (73,29%) e o arroz (72,4%).
Apesar da deflação em alguns itens da cesta básica em janeiro deste ano, o preço deles precisaria cair muito ao longo de 2021 para que, minimamente, voltem aos patamares de janeiro de 2020, por exemplo.
Esse é o caso de farinha de mandioca, óleo de soja, arroz, carnes, feijão-preto e macarrão, que ao longo do ano passado subiram acima da média.
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