Ao alcance dos dedos, o consumidor consegue em poucos minutos abrir uma conta no banco, solicitar um empréstimo ou mesmo pagar os boletos do mês. Tudo isso custando cada vez menos ou nada. Essa realidade é bem diferente daquela de cinco anos atrás, quando era preciso ir até uma agência bancária, levar diversos documentos e ainda esperar mais alguns dias até conseguir virar cliente. Cada vez mais, os bancos digitais estão oferecendo novos serviços para atrair esse público que quer agilidade e mais opções de serviço.
O número de bancos digitais no país subiu de seis, em 2017, para 15, em 2020. Além deles, outros tipos de fintechs - startups que trabalham para inovar e otimizar o sistema financeiro - que trabalham com meios de pagamento, financiamento coletivo, entre outros, já somam mais de 380, segundo uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimetno (BID) em parceria com a plataforma Finnovista.
A tarifa zero para a conta corrente e o cartão de crédito sem anuidade são apenas alguns dos benefícios que os bancos digitais vêm ofertando aos clientes e fazendo eles deixarem para trás os tradicionais. Alguns são ainda mais audaciosos e querem oferecer toda a cesta de serviços que um banco tradicional tem hoje.
O colunista de inovação da CBN Vitória, Evandro Milet, destaca que hoje existem empresas digitais que oferecem diferentes tipos de especialidade para os usuários. "Essa concorrência entre bancos digitais e tradicionais gera avanço no mercado financeiro e alternativas para que o consumidor não fique dependente de apenas um tipo. Além disso, você ganha agilidade e redução das tarifas bancárias", comenta.
O Inter, por exemplo, já oferece modalidades de investimentos e de financiamento imobiliário. Além disso, tem TED, saques, extrato e manutenção de conta sem cobrança alguma. O C6 Bank é outro que também pretende ampliar a oferta de crédito e investimentos para disputar clientes com os bancos tradicionais. Já o Nubank oferece contas de débito e crédito, além de rendimento de 100% da CDI sobre o valor que estiver na conta de débito.
Ainda existe uma complementariedade na forma como bancos e fintechs são utilizados. De acordo com estimativas da consultoria Bain & Company, entre 30% e 50% dos clientes de contas digitais ainda tem algum vínculo com os bancos tradicionais. Porém, o crescimento das empresas nativas do digital vem forçando os estabelecimentos convencionais a se reinventarem.
Mas as fintechs ainda esbarram em algumas questões. Atualmente, algumas cobram taxa para realizar saque, enquanto os bancos tradicionais não. Isso ocorre porque as empresas digitais acabam não tendo caixas eletrônicos próprios, como os bancos tradicionais, e precisam usar as redes 24 horas, o que gera custos. Além disso, não há a modalidade de extrato de papel, apenas online.
Alguns analistas do mercado financeiro estimam que já existam mais de 20 milhões de clientes cadastrados nos bancos digitais. Já nas instituições financeiras tradicionais, de acordo com um levantamento do Banco Central de setembro do ano passado, são mais de 133 milhões. Veja abaixo os serviços e tarifas de alguns bancos digitais e tradicionais.
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