Fechar as contas no fim do mês está cada vez mais difícil. A inflação não tem dado trégua às famílias, que viram os gastos com alimentos e bebidas subirem 1,64% em abril de 2022 – quase o dobro da inflação geral acumulada na Grande Vitória (0,83%) no período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os vilões foram a batata-inglesa (aumento de 14,5% no preço), tomate (10,3%) e banana-da-terra (9,29%), cujos preços são influenciados sobretudo por causa de questões climáticas, além de outros alimentos básicos do cotidiano como frango, farinha e leite.
Mesmo com a possível estabilidade dos fatores climáticos ao longo do ano, a guerra entre Rússia e Ucrânia também deve contribuir para que os preços de legumes, frutas, hortaliças e vegetais em geral mantenham-se elevados.
A Rússia é um dos principais exportadores de fertilizantes do mundo, e o Brasil depende fortemente daquele país para o fornecimento de matérias-primas para fertilizantes utilizados nas lavouras.
O quilo do frango inteiro – que virou opção para famílias em vez de outras proteínas de preço mais elevado, como a carne bovina – ficou 7,31% mais caro no mês. Farinha de mandioca (7,28%), leite longa vida (7,04%), cebola (5,92%) e abacaxi (3,61%) também tiveram reajuste.
Figuram ainda na lista das maiores altas a farinha de trigo (5,57%) e o pão doce (6,26%), sob influência do aumento do preço do trigo no mercado global, também decorrente da guerra entre Ucrânia e Rússia, que são grandes exportadores do produto, como já mostrou reportagem de A Gazeta.
No ano, é a cenoura que acumula maior aumento (181,12%), entretanto, o preço começou a decair, tendo uma redução -19,16% em abril. Entre as maiores quedas incluem-se ainda alimentos como mamão (-18,18%), banana-prata (-9,79%), limão (-8,27%) e manga (-6,57%). O valor a ser desembolsado por produtos como uva (-5,79%), inhame (-4,06%), chã de dentro (-3,87%), alface (-3,76%) e cheiro-verde (-3,56%) também caiu.
Mas não é somente a alimentação que ficou mais cara. Os custos do transporte subiram 2,2% no ano, sob efeito dos reajustes no preço do diesel e da gasolina. Despesas com saúde e cuidados pessoais avançaram 1,5%. Já os itens de vestuário, 1,31%. Os artigos para residência, por sua vez, encareceram 1,2% no mês de abril.
Também houve reajuste das despesas pessoais (0,71%), comunicação (0,18%) e educação (0,05%). O único segmento em que houve retração dos preços foi a habitação, que ficou 2,34% mais barata.
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