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Bitcoin bate recorde e chega a US$ 23,5 mil; entenda como investir

Bitcoin bate recorde e chega a US$ 23,5 mil; entenda como investir

Criptomoeda tem vivido alguns dias de euforia porque pela primeira vez na história essa superou o preço de US$ 20 mil

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 15:13

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Bitcoin: empresa que atuava com criptomoeda é investigada de fazer pirâmide financeira
Bitcoin: empresa que atuava com criptomoeda é investigada de fazer pirâmide financeira. (Pixabay)

Após superar pela primeira vez o preço de US$ 20 mil, aproximadamente R$ 101,35 mil, a cotação do bitcoin continua rompendo recordes. A criptomoeda alcançou a cotação de US$ 23,5 mil (R$ 119,09 mil) na última quarta-feira (16), enchendo os olhos dos investidores.

Afinal, com esse crescimento, ainda vale a pena colocar a poupança na criptomoeda? Há riscos? Como todo investimento, claro, existe certo perigo, principalmente se o investidor aposta todas as 'fichas no mesmo jogo'.

Apesar de agora o brasileiro querer variar o celeiro dos investimentos por conta da Selic em 2% ao ano, diferentemente dos outros ativos, o bitcoin tem uma característica peculiar: não é regulado e não conta com a segurança do Fundo Garantidor de Crédito em caso de quebra de corretora.

Sem contar que nos últimos tempos tem sido comum fraudes envolvendo diversas exchances, empresas que são tipo casas da criptomoeda. Uma, inclusive, foi desbaratada no Espírito Santo no ano passado por suposto envolvimento com crime de pirâmide financeira.

A alta dos últimos dias tem se sustentado por conta da injeção de recursos de grandes instituições financeiras em moedas virtuais, como o JPMorgan, banco dos EUA, que pode lançar seu próprio dinheiro, chamado de JPM Coin. Outras empresas internacionais também passaram a focar nesse segmento também inventando suas próprias moedas ou apostando na opção mais famosa.

No Brasil, por exemplo, o Itaú Unibanco passou a adotar o Blockchain, um sistema voltado para as negociações de bitcoins para permitir operações do banco com essa moeda.

A popularização desses papéis tem atraído uma gama de investidores, que acreditam que a valorização do bitcoin pode crescer 600% em 2021.

Esse ciclo de alta tem relação com o 'halving', que ocorreu em maio deste ano, quando a criptomoeda passou pela terceira vez na sua história pelo corte de produção. O processo automático e definido por algorítimo teve como objetivo reduzir pela metade a oferta de novas unidades da moeda.

O choque de oferta ocorre a cada quatro anos e tem a finalidade de evitar que o número de bitcoins alcance o volume máximo. Para quem não sabe, a moeda é criada por meio da mineração e precisa ser achada na internet.

Com a crise econômica mundial e o aumento do desemprego e da queda de renda de muitas famílias em todo o planeta, houve um aumento na busca pelo ativo. Com a intervenção para evitar um boom de moedas emitidas, acabou ocorrendo a valorização nos preços.

Entenda como investir e se o bitcoin por se valorizar ainda mais

Como comprar
É preciso uma corretora

Como não são negociadas na Bolsa de Valores, o investidor precisa de uma corretora para comprar a criptomoeda para investir. Mas atenção. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não autoriza essas empresas a venderem investimentos com o bitcoin, como CDBs. Essas casas, conhecidas como 'exchanges' podem apenas vender o ativo ou adquirir cotas de fundos no exterior.

A compra funciona assim: após a aquisição da moeda, o investidor pode mantê-las sob gestão da corretora, guardando-as em uma carteira digital. Para essa carteira, tem uma chave, uma espécie de QR Code. É com ele que será possível movimentar os recursos. É importante ver a reputação dessas 'exchanges' para evitar cair em golpes. Além disso, os especialistas orientam guardar backups dos ativos.

Em 2018, a CVMN autorizou que fundos brasileiros que investem no exterior comprassem cotas em bitcoins. Isso significa a permissão para comprar contratos futuros de bitcoins e adquirir tokens de fundos de investimento em moedas virtuais que estejam registrados e sejam considerados seguros.

Valorização
O preço da moeda está crescendo por causa da escassez

Desde maio, devido ao halving, que foi o corte de produção do bitcoin, que precisa ser minerado para ser achado, levou a uma escassez e uma dificuldade para encontrar o ativo. Isso tem levado a uma valorização no preço. Com o menor número de oferta da criptomoeda no mercado, maior o preço de venda. Existe a expectativa é de que a cotação tenha valorização de até cinco vezes em 2021.

Riscos
Mercado volátil e sem regulação

O mercado de criptomoeda não é regulado por nenhuma organização no mundo. No Brasil, nem o Banco Central nem a CVM controlam a moeda. E isso deixa ela volátil e mais suscetível a quedas de preços que podem trazer prejuízos ao investidor que comprou durante o período de alta.

Por isso, é importante que quem quer entrar nesse mercado tenha bastante cautela e não aplique todo o dinheiro que tem só nesse ativo. Pode variar o celeiro, mas nunca é bom colocar todos os ovos na mesma cesta, como dizem os economistas.

Outro risco é ser vítimas de roubo dos códigos. É importante se proteger de ataques de hackres para não ter suas senhas furtadas e assim ter seus ativos desviados.

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Uma outra opção é tirar o bitcoin da corretora e guardá-lo em papel. É preciso imprimir os dados. Mas a orientação é que o papel usado e a tinta sejam duradouros. É importante cuidado também para não rasgar nem jogar fora o papel. 

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