A substituição das praças físicas de pedágios nas rodovias brasileiras pela cobrança eletrônica em portais conhecidos como 'free flow' (fluxo livre em inglês) tem sido uma medida priorizada pelo governo federal nas novas concessões. Inclusive, a futura concessão da BR 262 no Espírito Santo já prevê a instalação dos pedágios sem barreiras.
Mas e na BR 101, que está passando pelo processo de repactuação do contrato para as obras de duplicação, cabe ou não a instalação dos pórticos sem cancela e de livre passagem? Se adotado o sistema, a cobrança pode ser feita pela leitura de placas ou tags.
Na avaliação da secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Viviane Esse, o uso da nova tecnologia se aplicaria à BR 101. Em entrevista à CBN Vitória, a secretária destacou que, com o novo contrato, a concessionária tem a opção de trocar as praças físicas pelo 'free flow' e ampliar a utilização de pórticos.
Sobre as vantagens da nova forma de cobrança, Viviane destacou que o 'free flow' reduz o número de acidentes e também da emissão de gases poluentes, com a diminuição do movimento de frenagem e aceleração.
O novo contrato que deve ser assinado em meados de 2025, depois de leilão na B3, em São Paulo, prevê um aumento maior na tarifa nos três primeiros anos de novos termos, mas também condiciona o aumento do valor do pedágio ao cumprimento do cronograma de obras. As tarifas nas praças podem chegar a custar de R$ 8 a R$ 12 até o fim da duplicação.
Procurada para comentar sobre a possibilidade do 'free flow', a Eco101 informou que, conforme apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), durante consulta pública que exibiu o Plano de Otimização do Contrato da BR-101/ES/BA, realizada em Vitória na última terça-feira (26), "não há previsão para instalação do sistema de cobrança de pedágio em formato 'free flow' no Espírito Santo. Todas as estruturas e projetos previstos, foram listados com a apresentação do contrato."
No modelo 'free flow', também conhecido como pedágio eletrônico, a cobrança é feita pela leitura de placas ou tags, sem que os motoristas precisem parar em cabines.
Nesse tipo de pedágio, o motorista não precisa diminuir a velocidade nem parar o veículo para que a leitura dos dados do carro aconteça. Outra diferença é que a partir do uso desse modelo será possível cobrar pedágio por trecho efetivamente trafegado, por ser possível identificar em que ponto o carro entrou na rodovia e onde saiu.
No Brasil, 'o free flow' já está instalado entre o Rio de Janeiro e São Paulo, no trecho da BR 101 conhecida como Rio-Santos.
A cobrança do 'free flow' se baseia na tecnologia utilizada para a leitura das tags, amplamente em uso no Brasil, mas com alterações para o reconhecimento correto de cada tipo de veículo.
Em cada pórtico na estrada são instaladas diversas câmeras e sensores. Elas conseguem identificar os veículos que utilizam as tags, ou fazem a leitura da placa para saber quem será cobrado.
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