SÃO PAULO - O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida se prepara para deixar o governo de Jair Bolsonaro até agosto. Para o lugar dele, quatro nomes são analisados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Um dos possíveis escolhido é o ex-secretário da Fazenda do Espírito Santo, Bruno Funchal. O economista e professor é atualmente diretor de Programas da Secretaria Especial de Fazenda, do Ministério da Economia.
Caio Megale diretor de projetos na mesma pasta de Funchal também é um dos avaliados para assumir a função de Mansueto. Também está sendo cogitada a indicação de Jeferson Bittencourt, atual secretário adjunto de Waldery na Secretaria Especial de Fazenda. Outro nome analisado para o posto é o da subsecretária de Relações Financeiras Intergovernamentais do Tesouro, Pricilla Maria Santana.
Mansueto deixaria o governo no início do ano, no entanto, a crise do coronavírus protelou a decisão. Agora, seria o momento adequado porque está se iniciando uma nova fase para a gestão econômica, a fase que ele chama de pós-Covid e vai demandar medidas para a recuperação e retomada da atividade.
"Eu já vinha conversando com o ministro Paulo Guedes e há algumas semanas disse que anunciaria minha saída no final de junho, mas a informação vazou e tenho que antecipar o anúncio", disse. "Mas não vou sair nos próximos dias, vou sair em agosto porque farei uma transição coordenada."
Mansueto diz que deixa o governo porque precisa descansar. "As pessoas precisam ter em mente que sou o único que estava no governo anterior e permaneceu no atual, estou desde 2016 e não aguento ficar até o final do governo porque eu preciso descansar", afirmou.
"Ou saía agora, ou não saía, porque é preciso que seja o mesmo secretário acompanhando esse novo momento", disse Mansueto.
Segundo ele, há vários bons candidatos para substituí-lo, mas caberá ao ministro Guedes falar em nomes. "O importante é que meu sucessor vai encontrar uma equipe muito técnica", afirmou.
Mansueto disse que ainda não sabe para onde vai e decidirá durante a quarentena, o período de seis meses em que agentes públicos precisam cumprir antes de assumir cargos na iniciativa privada.
"Tem gente dizendo que já conversei aqui e ali. Não é verdade. Seria maluquice eu estar no governo e vendo para onde ir. Vou definir isso na quarentena depois que sair", afirmou. "Mas uma coisa eu já posso garantir vou continuar escrevendo e contribuindo para o debate fora do governo."
Com informações da Folha Press.
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