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Busca por dinheiro 'esquecido' em bancos registra quase 90 milhões de consultas; veja como fazer

Busca por dinheiro 'esquecido' em bancos registra quase 90 milhões de consultas; veja como fazer

De acordo com o Banco Central, 20,4% das consultas resultaram em saldos a resgatar. Confira o passo a passo de como consultar e fazer o cadastro necessário para resgatar dinheiro

Publicado em 17 de fevereiro de 2022 às 11:30

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura

Quase 90 milhões de pessoas físicas e empresas já fizeram consultas ao sistema que busca valores esquecidos em instituições financeiras, informou o Banco Central (BC). Desde a abertura do site, na noite de domingo (13), até as 18h desta quinta-feira (16), 86.997.576 consultas foram registradas. Em 24 horas, cerca de 21 milhões acessaram a página.

Do total de consultas, 85.312.803 foram feitas por pessoas físicas e 1.684.773, por pessoas jurídicas. De acordo com o BC, 17.773.019 (20,4%) resultaram em saldos a resgatar, dos quais 17.531.498 se referem a pessoas físicas e 241.521 a empresas.

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa, em qualquer horário, exclusivamente pelo site oficial do Sistema Valores a Recebervaloresareceber.bcb.gov.br .

Neste primeiro, somente será informado se tem ou não algum valor a receber. No entanto, a quantia e possibilidade de transferência dela somente ocorrerá a partir de 7 de março, em data que o próprio consultante receberá ao fazer o primeiro acesso à plataforma.

CALENDÁRIO DE LIBERAÇÕES DAS TRANSFERÊNCIAS

Caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa. Apenas a partir da data definida será possível saber o valor exato que poderá ser resgatado. Para fazer a consulta, basta informar o CPF e a data de nascimento ou CNPJ e a data de abertura da empresa.

Quando receber o agendamento, é necessário conferir se foi para o período de 4h às 14h ou de 14h às 24h. Se esquecer ou perder a data e o período agendados, basta fazer a consulta novamente para confirmar a informação. No caso de quem não voltar ao sistema no período definido, o calendário prevê uma data para repescagem.

PASSO A PASSO DE COMO CONSULTAR

PORTO ALEGRE, RS, 25.02.2021: MOEDA-REAL - Imagens de cédulas de real. (Foto: Miguel Noronha/Agência F8/Folhapress)
O caminho para resgatar quantias "esquecidas" em bancos. (Miguel Noronha |Agência Folhapress)
  • 01

    Cadastro

    Você precisa ter um login Gov.br. Caso não tenha, faça seu cadastro no site ou pelo App Gov.br, que pode ser baixados tanto pelo Google Play, para usuários de Android, quanto pela Apple Store, para usuários de iPhone.

  • 02

    Segurança digital

    Para fazer o cadastro você passará por algumas etapas, como registro do CPF e criação de uma senha. Para conseguir resgatar o dinheiro, é necessário ter uma conta nível prata ou ouro, que oferecem mais segurança digital. Não será possível acessar o sistema com login Registrato.

  • 03

    Subindo de nível

    É necessário confirmar sua identidade por meio de qualquer um dos processos indicados nas plataformas Gov.br. Quem quiser ir de bronze para prata, por exemplo, pode validar seus dados no próprio app, via reconhecimento facial. Você pode aumentar o nível de sua conta usando o aplicativo Gov.br e seguir as orientações por lá, e pode também logar na sua conta e aumentar o seu nível em "Selos de Confiabilidade".

  • 04

    Fazendo a consulta no SVR

    A partir do dia 14 de fevereiro, entre no site exclusivo do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br). Lá será requerida a confirmação da identidade por meio de um CPF ou CNPJ.  Com isso, a plataforma vai consultar seus dados e informar se existem valores a serem resgatados em bancos ou instituições financeiras. 

  • 05

    Caso positivo

    Caso exista algum valor a ser resgatado, guarde bem a data que o sistema vai lhe informar. Volte na data informada ao site oficial do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br)  e use seu login Gov.br para acessar o sistema, saber qual o valor disponível e solicitar sua transferência.

  • 06

    Se perder a data

    Se você perder sua data de resgate, volte em outro dia ao site oficial do SVR (valoresareceber.bcb.gov.br)  e o sistema vai informar uma nova data para retorno. Não se preocupe com seu direito sobre os recursos a devolver. Eles são seus e continuarão guardados pelas instituições financeiras o tempo que for necessário, esperando até que você solicite a devolução.

FIQUE ATENTO PARA NÃO CAIR EM GOLPES

O Banco Central alerta o cidadão para riscos de golpes utilizando o Sistema Valores a Receber (SVR):

  1. O único site para consulta e solicitação desses valores é o valoresareceber.bcb.gov.br. A consulta não poderá ser feita no site principal do BC nem por qualquer outro site.
  2. O Banco Central não envia links nem entra em contato com clientes para tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.
  3. Ninguém está autorizado a entrar em contato com você em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber.
  4. Portanto, nunca clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.
  5. Não faça qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores. É golpe!

Outro alerta importante:  apenas depois de acessar o sistema e somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix, a instituição financeira escolhida entrará em contato com o cliente para realizar a transferência. Mesmo nesse caso específico, essa instituição não pode pedir informação sobre seus dados pessoais nem sua senha.

De acordo com Banco Central, o SVR permitirá a devolução de cerca de R$ 8 bilhões para cidadãos e empresas. Na primeira fase de saques, existe a expectativa de devolução de R$3,9 bilhões a 27,9 milhões de CPF´s (Cadastros de pessoas físicas) e CNPJs (Cadastros nacionais de pessoas jurídicas).

Nesta etapa será possível:

Haverá uma segunda fase de resgate de valores esquecidos. Sua data de implementação será avaliada após o início da primeira etapa.

Ainda segundo a instituição, quem perder a data por qualquer motivo não precisa se preocupar. "O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução."

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