Em transmissão pelas redes sociais com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou na noite desta quinta-feira (28) a criação de 75 novas unidades do banco em todo o Brasil, sendo 20 unidades especializadas no agronegócio. A medida vai na contramão do que têm feito os bancos privados e até mesmo o Banco do Brasil, que também é estatal, e anunciou recentemente um grande plano de enxugamento de agências e de demissão.
Para a expansão, a Caixa também prevê aumento no número de funcionários. Haverá um reforço imediato das equipes nos próximos meses com a contratação de 566 novos empregados. Até o final do ano, a Caixa pretende contratar outras 1.000 pessoas.
Questionado por A Gazeta, o banco explicou que, para isso, serão convocados os candidatos aprovados no concurso público de 2014.
De acordo com Guimarães, assim, “além de reforçar o time de atendimento, o banco fomenta a economia, gerando emprego e renda a centenas de famílias”.
Segundo a estatal, a expansão visa aumentar a capilaridade do banco, com foco nas regiões Norte e Nordeste, e beneficiará cerca de 18 milhões de brasileiros.
Na região Nordeste, serão abertas 36 novas unidades: 16 no Maranhão, nove no Ceará, sete no Pernambuco, duas na Bahia, uma na Paraíba e uma no Piauí. Na região Norte, são 19 novas unidades: 16 no Pará, duas no Amazonas e uma em Rondônia.
Para a região Centro-Oeste, a Caixa vai abrir 10 unidades: quatro no Mato Grosso, três em Goiás e três em Mato Grosso do Sul. Na região Sul, duas unidades serão abertas no Paraná e mais uma no Rio Grande do Sul.
Sete unidades serão inauguradas na região Sudeste: três em Minas Gerais, duas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Nenhuma está prevista para o Espírito Santo.
Segundo a Caixa, com essa expansão o banco estará presente em todos os municípios brasileiros com mais de 40 mil habitantes e vai chegar a 4.200 agências. O banco público também ampliará a quantidade de agências-caminhão de 8 para 12 unidades.
No dia 11 de janeiro, o Banco do Brasil informou ao mercado que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 361 unidades da instituição, sendo 112 agências, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE) para desligar cerca de 5 mil funcionários.
O plano de reorganização prevê ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento do país, com a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios.
Segundo o banco, a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano. A economia líquida anual estimada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.
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