Dois projetos de termelétricas a gás previstos para o Espírito Santo não foram aprovadas no Leilão de Energia A-6, que ocorreu nesta sexta-feira (18). Apenas nove térmicas, sendo três a gás conseguiram vencer o certame. Um dos empreendimentos será feito pela empresa capixaba Imetame na Bahia.
Fontes do setor dizem que as empresas que apresentaram as propostas para o Estado não conseguiram apresentar uma boa proposta de preço nem confirmar uma oferta satisfatória de combustível. É um setor muito competitivo. Ainda não temos detalhes do resultado, mas, provavelmente, as térmicas para o Espírito Santo não tinham o mesmo custo-benefício que os projetos aprovados. Só vamos conseguir vencer outros leilões se tivermos gás a preço mais baixo.
Um dos projetos de termelétrica que estava previsto para o Estado era de uma usina em Presidente Kennedy, com investimento de R$ 4,5 bilhões e criação de 2 mil empregos.
O leilão terminou com a contratação de 1.155 MWmédios ao preço médio de R$ 176,09/MWh, movimentando pouco mais de R$ 44 bilhões. Foram viabilizados 91 empreendimentos de fontes hidrelétricas, solar, eólica e térmica, adicionando 2.979 MW de nova capacidade instalada, com expectativa de investimento de R$ 11,1 bilhões. O deságio médio ficou em 33,73%, segundo a agência Canal Energia.
Conseguiram vender energia ainda 11 usinas solares, 27 hidrelétricas e 44 eólicas. Os investimentos estimados serão de R$ 2,14 bilhões para as fotovoltaicas, R$ 1,7 bilhão para as hídricas, R$ 4,48 bilhões para as eólicas e R$ 2,8 bilhões para as térmicas.
Para o Leilão A-6, foram habilitados 1.541 projetos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), somando 71,3 GW de potência.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros, afirmou que o volume de energia contratado nesta sexta-feira, com previsão de entrega a partir de 2025, garante a infraestrutura energética necessária para a retomada da atividade econômica do país.
"Em nossa avaliação, o resultado deste leilão foi um sucesso. Havia a percepção no mercado que o volume de energia a ser contratado seria pequeno, dada a atual conjuntura. Porém, as demandas contratadas asseguram a necessidade de crescimento do País em 2025", comentou.
Para ele, o balanço é positivo. "Se formos considerar os leilões realizados A-4 e A-6 realizados este ano, estamos adquirindo 3,5 mil MW de capacidade instalada. Esse é um volume considerável, tendo em vista a situação que estamos vivendo, mas temos a expectativa de retomada do crescimento depois das reformas que o governo federal está promovendo. Temos energia assegurada para atender essa retomada da economia", disse o secretário do MME.
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