Com investimento de R$ 30 milhões ao longo dos próximos anos, Cariacica vai ganhar uma fábrica para fornecer um novo produto feito a partir de garrafa pet para ser usado na supressão de poeira emitida no processo industrial da Vale.
A nova fábrica vai começar a funcionar até o fim do primeiro semestre de 2024 e toda a produção do novo supressor de poeira feita em Cariacica será destinada para uso nas operações da Vale.
O produto será feito a partir de plástico que seria descartado. O material passará por um processo de reciclagem química, que o transformará em resina para ser aplicada sobre as pilhas de minério, de carvão e de pelotas em Tubarão. O novo material também serão aplicados nos vagões do trem que trazem minério de Minas Gerais. A resina forma uma película protetora que evita a emissão de poeira.
O produto verde vai substituir o atual supressor de poeira, feito normalmente de celulose. A expectativa da Vale é que a migração completa para o produto mais sustentável seja feita até 2026. O supressor foi desenvolvido pela Vale em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) depois de 10 anos de pesquisa. E começa agora a ser produzido em larga escala para uso industrial.
A expectativa do CEO da Biosolvit, Guilhermo Queiroz, é iniciar a produção em tempo integral a partir de março. E a perspectiva de geração de empregos é de um impacto direto de 12 a 15 pessoas para trabalhar na produção da fábrica. "Vamos ter um impacto relevante nas cooperativas de catadores. Hoje são 250 catadores impactos pelo projeto. É um número significativo que tende a crescer até a migração, pois precisaremos ampliar a capacidade produção", afirma.
A planta da Biosolvit, empresa do Rio de Janeiro, será instalada em um condomínio empresarial de Cariacica destinado à implantação de negócios que atuam na área ambiental. O espaço tem 2,7 mil metros quadrados. Os serviços de terraplanagem e adaptação já começaram e a companhia está contratando os equipamentos necessários para a transformação do plástico em resina.
Até o início das operações no Estado, uma outra empresa, de São Paulo, a IQX, já vai começar a entregar o novo produto a ser usado na indústria, já a partir de novembro. Depois, todo o fornecimento será feito pela fábrica em Cariacica.
A expectativa é ampliar a operação da Biosolvit com a construção de uma fábrica em Minas Gerais, em local a ser definido após estudos técnicos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta