Em alta, o comércio exterior do Espírito Santo fechou o ano de 2024 com desempenho 27,1% superior ao registrado em 2023. De janeiro até dezembro do ano passado, as importações e exportações movimentaram US$ 24,5 bilhões, o que equivale a R$ 150 bilhões na cotação atual, enquanto que, no mesmo período de 2023, tinha sido de US$ 19,3 bilhões. Esse é o maior valor anual da corrente de comércio dos últimos 12 anos.
O resultado positivo do Espírito Santo foi impulsionado pela importação de carros e pela exportação de café, produtos que bateram recordes em 2024. Só o café não torrado, por exemplo, teve alta de 119% nas exportações em relação a 2023, movimentando US$ 2 bilhões (R$ 12 bilhões) em 2024.
Já os carros, principal produto importado no Estado em 2024, movimentou 93% a mais que no ano anterior, chegando a US$ 3,7 bilhões (R$ 22,5 bilhões). Em geral, no âmbito das importações, o Espírito Santo atingiu recorde histórico em 2024, com US$ 13,88 bilhões (R$ 84,6 bilhões), segundo levantamento feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). No país, a corrente de comércio cresceu 3,3% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 599,5 bilhões (R$ 3,6 trilhões), segunda maior da série histórica (desde 1989).
As exportações capixabas somaram US$ 10,7 bilhões (R$ 65,27 bilhões) em 2024, porém o recorde histórico foi alcançado em 2011, quando o Estado exportou US$ 14,8 bilhões, também de acordo com o IJSN.
Os dados do MDIC apontam também os principais parceiros comerciais do Espírito Santo. As exportações são destinadas principalmente para os Estados Unidos, que representam 29%. Em seguida, aparecem a Malásia (6,1%), Egito (5,4%), Argentina (4,7%) e China (3,9%).
Já as importações vêm principalmente da China (35%), seguido dos Estados Unidos (15%), Argentina (12%), Austrália (4,9%) e Alemanha (4,2%).
Para o presidente do Sindicato do Comércio Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Sidermar Acosta, com o crescimento em 2024, o Espírito Santo reforçou a sua posição privilegiada e sua vocação natural para o comércio exterior.
Ele destaca que, entre as operações que impulsionaram esse crescimento, está a chegada de automóveis, aeronaves e máquinas, vindos principalmente de mercados da Ásia, Europa e Estados Unidos. No campo das exportações, evidencia que o Estado mantém sua relevância no mercado global, com destaque para o minério de ferro, o café e os produtos de ferro e aço.
"Estamos em uma localização privilegiada: o Espírito Santo está num raio de 1.200 km dos principais PIBs consumidores do país. Além disso, o Estado vem promovendo um ambiente de negócios muito favorável, com parcerias sólidas entre as instituições públicas e privadas. Atentos ao nosso principal desafio, que são as mudanças com a reforma tributária a partir de 2032, estamos trabalhando para colocar em prática ações significativas, garantindo a continuidade das nossas atividades", pontua.
Projetando os próximos passos, Acosta lembra ainda de projetos que estão saindo do papel e que devem ajudar no crescimento da economia capixaba. "A Vports, por exemplo, tem ampliado sua capacidade de movimentação de cargas, enquanto o Terminal de Vila Velha (TVV) passa por modernizações para garantir maior eficiência em suas operações. No Norte do Estado, as obras do Porto da Imetame estão na reta final, com inauguração prevista para meados de 2025."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta