O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou na tarde desta quarta-feira (5), através das redes sociais, que o Estado está disponível para discutir medidas que possibilitem uma redução do preço dos combustíveis. A publicação se deu após a provocação feita mais cedo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que cortaria impostos federais que incidem sobre os combustíveis se os governadores aceitarem deixar de cobrar o ICMS.
Na manhã desta quarta, na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente deu a seguinte declaração a jornalistas:
A polêmica havia começado no domingo (2) à noite, quando o presidente publicou no Twitter que iria propor um projeto para mudar a forma de cálculo do ICMS que incide sobre os combustíveis. O imposto estadual é o item que mais pesa na formação do preço da gasolina.
Desde segunda (3), governadores e secretários estaduais de Fazenda reagiram com fervor contra a possibilidade temendo perder receitas. Houve um pedido conjunto para que o governo federal promovesse uma redução nos tributos. O secretário da Fazendo do Espirito Santo, Rogélio Pegoretii, chegou a chamar a medida de populista e de desacompanhada da realidade fiscal dos Estados.
Após a nova provocação desta quarta, o próprio governador capixaba reagiu. Pelo Twitter, Casagrande afirmou que a composição do preço dos combustíveis é de responsabilidade do governo federal, por meio da Petrobras.
Mesmo dizendo que o governo do Estado estaria à disposição para fazer a discussão sobre forma de reduzir o preço nas bombas, Casagrande reforçou que isso precisaria ser feito de "forma técnica, equilibrada e responsável com as contas públicas". Veja o tuíte:
Em vídeo divulgado pela assessoria de imprensa, Casagrande declarou ainda que quem tem que tomar uma iniciativa nesse sentido (de redução de tributos) é o governo federal. "Mas, como governador do Estado, tenho total interesse na redução do preço do combustível para o consumidor", pontuou. Ele disse ainda que se coloca "inteiramente à disposição" para a discussão mas que está "esperando um primeiro passo do governo federal". Veja o vídeo:
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