O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), participará nesta quinta-feira (4) de uma reunião com o príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra. Ele é fundador da Iniciativa de Mercados Sustentáveis (SMI) para fomentar investimentos privados na economia de baixo carbono.
“Terei direito a falar 10 minutos nessa reunião com ele, que terá outros representantes do Brasil. Eu falarei em nome dos governadores para apresentar nossos projetos e o que estamos fazendo pra ele que milita nessa área das mudanças climáticas”, afirmou o governador em pronunciamento on-line de Glasgow, na Escócia, onde participa da COP26.
Casagrande é presidente do Consórcio Brasil Verde, uma instância do Fórum de Governadores criada para participar da articulação política nacional e internacional a respeito das questões ambientais e do clima. O Consórcio é formado por 22 governadores dos quais 13 participam do evento. O presidente Jair Bolsonaro não comparecerá.
Nesta quarta-feira (3), Casagrande se reuniu com autoridades da União Europeia. Para quinta estão previstos encontros com o ministro de Meio Ambiente da China e com o secretário-adjunto do enviado presidencial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry.
Como publicado por A Gazeta na segunda-feira, o governador quer buscar financiamento para projetos envolvendo a questão ambiental no Espírito Santo.
Sobre as áreas de interesse do Estado para esses investimentos, ele citou o projeto Reflorestar, que existe desde 2011 no Estado e que acompanha 285 mil hectares de regeneração de floresta. Além disso, ele espera que essas nações contribuam no financiamento de obras de adaptação às mudanças climáticas.
O Espírito Santo é o segundo Estado brasileiro com maior percentual de pessoas em áreas de risco, segundo Casagrande. Por isso, diante de uma previsão de aumento de eventos climáticos extremos, como chuvas volumosas, por exemplo, é preciso que sejam feitas obras para que os efeitos para as pessoas sejam mitigados.
Na ocasião, o governador falou ainda em buscar investidores que queiram trazer empreendimentos de energias renováveis para o Brasil e também para o Estado.
“A temperatura média no planeta já subiu mais de um grau desde a industrialização. Já estamos sofrendo consequências do aquecimento global. O país que conseguir fazer uma transição para a economia de baixo carbono vai conseguir se desenvolver melhor, gerar mais emprego”, disse durante o pronunciamento.
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