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Colégio Leonardo da Vinci é vendido ao grupo Eleva, de Jorge Paulo Lemann

Colégio Leonardo da Vinci é vendido ao grupo Eleva, de Jorge Paulo Lemann

Negociação é feita pela atual dono da instituição capixaba, o grupo Cogna. Eleva pagará R$ 964 milhões pelas escolas da rede, que incluem Pitágoras e Colégio PH

Publicado em 23 de fevereiro de 2021 às 08:07- Atualizado há 4 anos

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Fachada do colégio Leonardo da Vinci, em Vitória
Escola Leonardo Da Vinci fica no bairro Santa Lúcia, em Vitória. (Vitor Jubini / Arquivo)

O Centro Educacional Leonardo da Vinci, localizado em Santa Lúcia, em Vitória, faz parte de uma transação quase bilionária entre o grupo Gogna, dona da instituição, e a Eleva, do empresário e investidor Jorge Paulo Lemann, também acionista da Ambev.

A escola será vendida junto com outras 50 escolas da Cogna para o grupo Eleva por R$ 964 milhões.  A transação também inclui a compra do Colégio pH, Colégio Lato Sensu, Sigma, Anglo 21, Anglo Alphaville, CEI (Natal), Colégio Integrado, Escola Santi, Colégio Visão, Colégios Embraer, Colégio Pitágoras, Centro Integrado de Ensino (CIE), Colégio Maxi e NeoDNA (Cuiabá), Escola Chave do Saber, Motivo, Colégio do Salvador.

Por outro lado, a Cogna, por meio de sua controlada Vasta, vai comprar por R$ 580 milhões o sistema de ensino da Eleva. Os valores correspondem a um múltiplo do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da companhia em relação ao ano de 2020, e “estará sujeito a ajustes de acordo com a receita a ser apurada pela Editora Eleva em 2021 e 2022”, explicou a Cogna em fato relevante.

Como parte da transação, as empresas deverão assinar, posteriormente, um acordo comercial, com prazo de vigência de dez anos, para o fornecimento de material didático pela Somos Sistemas - controlada da Vasta - à Eleva, e a formação de uma parceria comercial para o desenvolvimento de novas ferramentas educacionais e para a expansão da distribuição das escolas da Eleva no Brasil.

“Tal contrato visa o fornecimento dos sistemas de ensino da Somos Sistemas para aproximadamente 90% dos atuais alunos das escolas do grupo Eleva, bem como 100% dos alunos das Escolas Saber e, também, todas as novas escolas com o mesmo perfil que venham a ser abertas ou adquiridas pela Eleva durante a vigência do acordo comercial”, diz o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ficou estabelecido ainda que, caso a Eleva realize uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Cogna passará a ser acionista, direta ou indiretamente.

As transações ainda precisam passar pela aprovação Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste brasileiro. A intenção do acordo é que o sistema de ensino da Eleva seja licenciado para a Cogna até 2023. Já as unidades da Eleva vão ficar com o modelo da Vasta por dez anos.

INTENÇÕES DO ACORDO

De acordo com o jornal Valor Econômico, a Eleva, com os planos de vender as ações na Bolsa de Valores brasileira, precisava fortalecer sua atuação no país para ganhar mais valor de mercado e assim ter um bom retorno financeiro ao emitir os papéis ainda neste ano na B3.

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Já a Cogna, atinga Kroton, tem o interesse de expandir seus negócios com materiais didáticos e plataformas de ensino e quis atender ainda a pedidos dos investidores para aquisições relevantes. A empresa é comandada pelo Rodrigo Calvo Calindo e já tem ações negociadas na Bolsa. Foi fundada em 1966 em Belo Horizonte e tem nos últimos anos se expandido pelo país com a compra de redes locais e nacionais.

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