No segundo trimestre de 2024, o Espírito Santo registrou alta de 2,8% no Produto Interno Bruto (PIB), em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, considerando assim todo o primeiro semestre, o PIB estadual cresceu 3,1%, em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi superior à média nacional, que registrou alta de 2,9% no primeiro semestre.
Os números do primeiro semestre foram influenciados pela expansão de 4,5% do setor de serviços, de 1,3% da Indústria geral e de 0,7% do comércio varejista ampliado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Ao analisar trimestres, o segundo período de 2024 mostrou desaceleração da atividade econômica. O ritmo de crescimento havia sido de 3,5% nos primeiros meses do ano.
"O Espírito Santo finalizou o primeiro semestre de 2024 com crescimento na economia acima da média nacional, tanto no primeiro quanto no segundo trimestre, e de maneira acumulada. Isso é resultado do ambiente econômico, com contas públicas equilibradas e a realização do maior investimento em politicas publicas de desenvolvimento econômico. Estamos vendo recorde na geração de emprego e renda no Espírito Santo, que se caracteriza como porto seguro para atração de investimento na região Sudeste e no Brasil", afirma Pablo Lira, diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
Nos serviços, apenas o segmento de serviços prestados às famílias não registrou crescimento: houve queda de 7,6%. Entre os demais, destacaram-se transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (crescimento de 7,2%) e outros serviços (alta 5,4%), com os maiores aumentos.
Na indústria geral, o aumento de 1,3% deve-se a variações quase idênticas da indústria extrativa (1,3%) e da de transformação (1,4%). No comércio varejista ampliado, a expansão de 0,7% foi determinada, sobretudo, pela estabilidade (0,3%) no varejo restrito e pelo aumento de 14% nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças.
O crescimento da atividade econômica capixaba foi reforçado pela previsão de aumento na produção agrícola em sete das dez principais culturas do Estado: café conilon (alta de 8,3%), café arábica (34,3%), mamão (13,3%), banana (3%), tomate (0,4%), cana-de-açúcar (7,8%) e coco (2,5%).
As exportações cresceram 12,1% (US$ 5,23 milhões) e as importações subiram 72,18% (US$ 7,54 bilhões), resultando em uma corrente de comércio com alta de 41,18% (US$ 12,7 bilhões). O diretor de Integração e Projetos Especiais do IJSN, Antonio da Rocha, destacou a importância desse crescimento do comércio exterior para o Estado, que representa atualmente 60% do PIB capixaba. Para efeito de comparação, no Brasil, essa movimentação representa 28% da economia.
De forma geral, os dados do indicador apontam que, no segundo trimestre do ano, a atividade econômica do Estado avançou nas quatro bases de comparação analisadas, tendo ainda desempenho superior à média nacional em duas das quatro bases (acumulado do ano e últimos quatro trimestres).
O PIB nominal registrado foi de R$ 63,7 bilhões no segundo trimestre de 2024 e o total ficou em R$ 238,3 bilhões, em valores acumulados nos quatro últimos trimestres.
Para Pablo Lira, a tendência para os próximos trimestres é o Estado crescer acima da média nacional, finalizando o ano com crescimento também superior ao do país.
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