O governo do Estado lançou oficialmente nesta sexta-feira (18) o Fundo de Investimento em Participações (FIP), que terá aporte inicial de R$ 250 milhões e será um dos maiores do gênero no país. Trata-se de uma parcela do Fundo Soberano (que tem como fonte de recursos as receitas de royalties de petróleo) que será usada para investir em empresas com projetos no Espírito Santo.
Foi assinado contrato com a empresa TM3 Capital, que será a gestora do FIP. A empresa será a responsável por estruturar o FIP Funses 01, fundo na modalidade venture capital multiestratégia. Ela selecionada por meio da chamada pública para gerir o Fundo.
O fundador e CEO da TM3 Capital, Marcel Malczewski, enfatizou que a atuação do novo mecanismo de ventures capital disponível para empresários capixabas e interessados em investir no Estado tem potencial de movimentar a economia capixaba.
“O Fip Funses 01 vai atuar não só no investimento de empresas com base tecnológica, mas também na aceleração de várias empresas em estágio inicial. Ou seja, o fundo vai olhar empresas desde a fase de ideia até etapas mais maduras, com produtos, validades e clientes. O papel da TM3 Capital será, principalmente, de potencializar e fomentar o ecossistema do Espírito Santo, sendo uma ferramenta importante, juntamente com outras iniciativas para transformar a imagem do Estado no que se refere aos investimentos em tecnologia", salientou Malczewski.
O novo fundo permite, a partir do investimento de receitas provenientes da indústria do petróleo e do gás natural, buscar a atração de novos negócios, com emprego e renda para a população. O Fip Funses 01 pretende acelerar até 500 empresas em 5 anos e investir em, aproximadamente, 100 empresas por todos os estágios da jornada de desenvolvimento, no mesmo período.
O Fundo vai investir, preferencialmente, nos setores de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC); Nanotecnologia; Varejo e Comércio Eletrônico; Economia Criativa, Serviços Financeiros; Economia Digital; Educação; Saúde e Ciências da Vida; Energias Renováveis; Químico e Materiais; Meio Ambiente; Agronegócio; Metalmecânico; Transporte; Logística; Rochas Ornamentais; Economia do Turismo e Lazer; Madeira e Móveis; e Confecção Têxtil e Calcados.
"Temos um Estado com boa gestão fiscal e bom ambiente de negócios para os investidores que querem se alocar no Espírito Santo. Nossa economia cresceu mais do que a nacional no ano passado. Podemos lembrar de diversos exemplos de locais com riqueza abundante de petróleo que se desorganizam. Então pensei no que poderíamos fazer para garantir o futuro sem depender do petróleo: separando uma parte de sua receita corrente líquida. Poderíamos utilizar esses recursos agora em obras e programas, mas temos uma visão clara de que precisamos pensar no futuro das próximas gerações”, afirmou o governador Renato Casagrande.
O governador prosseguiu: “Pensar no futuro hoje para que o Estado não fique dependente do petróleo, que é algo volátil. O Fundo Soberano é uma amostra de gestão pensando no futuro. Quem irá gerir essa poupança que estamos fazendo agora serão os governantes do futuro. Nenhum outro Estado tem um Fundo Soberano. O Espírito Santo é pequeno de tamanho, mas a cada dia se consolida como referência em diversas áreas.”
* Com informações do governo do ES
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