Depois de meses de atraso na análise do licenciamento ambiental, a Prio – empresa independente de petróleo e gás do Brasil – conseguiu, na última sexta-feira (28), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a aguardada licença de perfuração para o campo de Wahoo, localizado no Sul do Espírito Santo.
A partir da licença emitida, a companhia informou que vai começar a mobilização da sonda Hunter Queen para a campanha de perfuração que inclui seis poços: quatro produtores e dois injetores.
O projeto da Prio para Wahoo tem investimento de US$ 850 milhões, o que equivale a R$ 4,9 bilhões e prevê a produção de 40 mil barris de óleo por dia. Antes mesmo da operação, o projeto já movimentou cerca de R$ 1 bilhão na cadeia de fornecedores locais. O óleo retirado em Wahoo será processado na FPSO Frade por uma conexão submarina de cerca de 30 quilômetros.
A próxima etapa do projeto é a avaliação do Estudo de Impacto Ambiental - crucial para emissão da licença prévia e para a licença de instalação da infraestrutura submarina que viabilizará a produção.
"Enquanto damos os próximos passos com relação ao licenciamento, seguimos fazendo adequações no FPSO de Frade para acomodar a nova produção", destaca Francilmar Fernandes, diretor de Operações da Prio.
O campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela Prio. A produção será viabilizada por uma conexão submarina, conhecida como tieback de cerca de 30km de extensão, ligando Wahoo ao FPSO Frade, que possui uma capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo por dia.
Adquirido em março de 2021, o campo teve sua comercialidade declarada em dezembro do mesmo ano, após estudos de viabilidade. Embora já existam poços exploratórios que comprovam a presença de petróleo, a operadora anterior não desenvolveu a infraestrutura necessária para a produção.
“A interligação com o FPSO Frade é crucial para o sucesso do projeto, pois sem essa estrutura, Wahoo seria inviável economicamente”, destaca o diretor de Operações da Prio.
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