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Comércio capixaba muda estratégia para superar a crise diante da pandemia

Comércio capixaba muda estratégia para superar a crise diante da pandemia

A solução encontrada por muitos trabalhadores para sobreviverem foi o serviço de entrega, com a ajuda de aplicativos e das redes sociais

Publicado em 29 de março de 2020 às 10:19

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Mulher comendo salada e usando o celular
As vendas on-line é o que tem sustentado mercearias e padarias no ES. (shutterstock)
Selo para campanha apoie o capixaba -  empreendedores

As medidas de restrição à circulação de pessoas implementada em vários países devido à pandemia do novo coronavírus têm colocado a economia mundial em alerta. A ameaça financeira é sentida, sobretudo, por micro e pequenos empreendedores e por quem dependia do movimento das ruas para vender, como os lojistas.

Pesquisa realizada por A Gazeta, entre a última sexta (20) e segunda-feira (23) em todas as regiões do Espírito Santo, mostra que 62% dos entrevistados afirmam ter mudado completamente de rotina para evitar serem infectados e outros 34,4% disseram ter mudado parcialmente. Foram ouvidos 1.598 pessoas, de várias idades, escolaridade e sexo.

A pesquisa mostra ainda que 70% das pessoas já não frequentam mais lojas de ruas e shoppings, e 15% vão abandonar esse hábito durante a quarentena. Em relação aos restaurantes, mais de 60% dos capixabas já deixaram de ir e 13% vão seguir esse caminho. Clique aqui e confira a pesquisa completa.

SERVIÇOS DE ENTREGA E PROMOÇÕES COMO SAÍDA

A solução encontrada por muitos trabalhadores para sobreviverem foi o serviço de entrega, com a ajuda de aplicativos e das redes sociais. Alguns negócios partiram também para a criação de promoções especiais para tentar atrair mais clientes durante essa fase.

Mulher usa máscara em supermercado
Mulher usa máscara em supermercado. (Anna Shvets/ Pexels)

Os supermercados, padarias e outros estabelecimentos afins fazem parte do seleto grupo de comércio que ainda pode funcionar de portas abertas. Mas, nem por isso, sofreram o impacto da pandemia. A mercearia Quitanda, com duas lojas em Vitória, e a Confeitaria Monza, com unidades na capital e em Vila Velha, tiveram grande queda no movimento local. As vendas on-line é o que tem sustentado ambas.

“Vendemos por dois aplicativos, um deles o WhatsApp. Só neste, de 10 compras diárias, passei a ter 90. As entregas praticamente compensaram a perda de clientes presenciais”, afirma o sócio-proprietário José Nilson Reis. Ele também utiliza um aplicativo de vendas que permite que os clientes possam visualizar os produtos e preços de forma automática, facilitando o processo de compra.

No caso da Monza, não existia serviço de entrega. As encomendas, por exemplo, eram todas retiradas por agendamento nas próprias lojas. Diante do novo cenário, “desde semana passada passamos a oferecer delivery. Por enquanto, estamos com esse serviço apenas na Praia do Canto e bairros próximos. Na semana que vem, já devemos passar a entregar em uma plataforma de entrega para toda a cidade, afirma o assessor de marketing, Jean Nascimento.

Quem também passou a oferecer serviço de delivery foi a patisserie Amor com Açúcar, com três unidades na Grande Vitória. Com todas as lojas fechadas, o atendimento é feito por WhatsApp e por um aplicativo de entrega. Neste momento, estão sendo atendidos o município canela verde, Cariacica e Vitória. A partir de semana que vem, a cidade de Serra começa a ser contemplada.

“Ainda não estamos conseguindo suprir nossa operação, mas o delivery está me ajudando a pagar meus funcionários. A nossa maior preocupação é com a nossa equipe”, afirma a proprietária Andrea Valverde, que está estudando novas estratégias para incrementar as vendas em domicílio.

PARCERIA CAPIXABA

Assim como a pâtisserie, a marca Le Chocolatier mantém suas lojas fechadas. O investimento está sendo no serviço de entrega e em breve deve começar a vender seus produtos com padarias e supermercados. Todas as parcerias estão privilegiando empresas capixabas, de acordo com o diretor da empresa, Angelo Piana.

Marca de chocolates capixaba aposta em novo produto durante a quarentena
Marca de chocolates capixaba aposta em novo produto durante a quarentena. (Divulgação)

Outra estratégia da marca de chocolates é criar produtos que levem em consideração a nova rotina das pessoas. “Vamos lançar uma campanha de venda das casquinhas de ovo de páscoa para as mães fazerem com os filhos aquele ovo de colher. Será um momento de a família brincar em casa”, conta o diretor da Le Chocolatier.

CUIDADO REDOBRADO COM A SAÚDE DOS FUNCIONÁRIOS E CLIENTES

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As mudanças na mercearia e na confeitaria passaram pelos cuidados redobrados com a higienização das lojas. A limpeza tem sido ainda mais constante, em móveis, cestas/carrinhos, chãos e até nas paredes; tudo para evitar qualquer tipo de proliferação do vírus. Nesse sentido, em ambos os negócios, a quantidade de clientes nos estabelecimentos está sendo controlada e limitada.

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