A Polícia Civil do Espírito Santo realizou, na manhã desta sexta-feira (25), uma operação para prender pessoas ligadas a organizações criminosas que atuavam no furto e no abate clandestino de gado. O produto de procedência irregular era vendido em estabelecimentos do Espírito Santo e a suspeita era de que havia até venda irregular de carne de cavalo, como se fosse bovina.
De acordo com informações da TV Gazeta, foi apreendida uma tonelada de carne clandestina em supermercado e açougues do Estado.
Para o consumidor, comer carnes ou outros produtos de origem animal de procedência duvidosa pode causar uma série de problemas de saúde, inclusive intoxicação alimentar. Mas como identificar se o produto que a pessoa leva para casa pode ser consumido de forma segura por toda a família?
As carnes vendidas em supermercado precisam ser embaladas com o carimbo do serviço de inspeção (municipal, estadual ou federal). Para o caso de produtos que estiverem sendo vendidos no balcão, em bife ou cubos, por exemplo, o consumidor tem o direito de solicitar identificação da origem daquele produto. A Vigilância Sanitária orienta o comércio a manter essas documentações dos produtos vendidos a granel sempre à disposição dos clientes.
Em entrevista à TV Gazeta, o médico veterinário do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Agostinho Sérgio, explicou que, geralmente, as carnes oriundas de abate clandestino têm uma coloração mais escura, mais sanguinolenta, diferente das com cor mais rósea do produto legalizado. Isso acontece porque o animal não foi bem sangrado ou sofreu maus-tratos na hora do abate.
O Idaf é o órgão estadual responsável por realizar diversas ações junto ao agronegócio capixaba. A entidade realiza a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, como carne, ovos, leite e mel. Além de identificar que os produtos estão de acordo com a lei, o órgão tem como principal objetivo proteger a saúde dos consumidores e a economia do Estado.
O diretor-presidente do órgão, Mário Louzada, explica que as ações têm como objetivo combater a clandestinidade na produção de alimentos de origem animal. Ele alerta que produtos clandestinos não dão garantia alguma para o consumidor a respeito de um alimento seguro que não tenha risco de ter micro-organismos patogênicos (que podem causar doenças) à saúde humana.
As ações de fiscalização realizadas pelo Idaf são importantes para coibir essas produções irregulares e afastar esses riscos do consumidor, disse o diretor.
Para evitar a comercialização desse tipo de produto, o Idaf realiza diversas fiscalizações por meio de suas equipes volantes, as barreiras sanitárias nas divisas com outros Estados, bem como os escritórios e postos de atendimento nos municípios capixabas.
O Idaf também fica de olho em relação às fraudes econômicas. Um estabelecimento registrado com fiscalização que preza por oferecer um produto seguro e de qualidade para o consumidor tem seus custos de produção, e isso reflete no valor do produto que ele oferece.
Louzada explica que uma produção clandestina, muitas vezes, terá um valor do seu produto muito mais barato, mas sendo um risco de saúde para o consumidor. Além disso, causa uma competição desleal com o produto que está respeitando a legislação e, principalmente, respeitando a saúde pública.
Já o diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, informa que o consumidor deve ficar atento na hora de ir ao supermercado ou açougue adquirir produtos do gênero alimentício. Dentre os cuidados, estão a verificação das condições de higiene do estabelecimento e dos atendentes, para evitar problemas como doenças e intoxicações alimentares.
Se o consumidor notar algum problema quando chegar em casa, deve retornar o mais rápido possível ao estabelecimento onde efetuou a compra, munido da nota fiscal, e exigir a sua troca. Se o problema não for sanado, poderá denunciar o fato aos órgãos competentes: Procon, Vigilância Sanitária ou Idaf. É preciso sempre pedir e guardar a nota fiscal de compra, ressaltou Rogério Athayde.
Fonte: Idaf e Procon
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