O preço da gasolina no Espírito Santo já beira os R$ 8 segundo o levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em todo o país, o combustível bate recorde de preço, o que pesa no bolso dos consumidores.
Além de contribuir para o aumento generalizado de diversos produtos que são transportados por via rodoviária, a alta da gasolina compromete a capacidade de locomoção dos cidadãos.
Segundo levantamento da ANP divulgado na quarta-feira (27), o litro do combustível é vendido em média a R$ 7,52 no Estado. Assim, com R$ 100 é possível colocar 13,2 litros no tanque do carro.
Considerando que seja possível rodar 14 quilômetros de estrada com cada litro, os R$ 100 permitem que o motorista saia de Vitória e chegue a Muqui, no Sul do Estado, ou São Domingos do Norte, caso decida ir na direção contrária.
Em 2002, quando o preço médio do litro do Estado era de R$ 1,73, os mesmos R$ 100 davam para comprar 57 ,8 litros. Era possível fazer uma viagem quatro vezes mais longa. Considerando o mesmo veículo e o mesmo ponto de partida, era possível chegar a Taubaté, em São Paulo, ou Vitória da Conquista, na Bahia.
Ambos destinos ficam há cerca de 810 quilômetros de distância da capital capixaba, distância essa que era possível ser percorrida com R$ 100 de gasolina há 20 anos.
No Brasil, ainda de acordo com a ANP, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 7,27, o que representa uma alta de 0,70% em relação à semana anterior. Trata-se do maior valor nominal pago pelos consumidores desde que o órgão passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
A ANP pesquisou o preço da gasolina em 103 postos de combustíveis em vários municípios do Estado (Confira a lista abaixo). O litro mais barato foi encontrado em postos localizados em Vila Velha, Serra e Vitória, onde o combustível é comercializado a partir de R$ 7,27.
Já o valor mais elevado encontrado nas cidades pesquisadas foi em um estabelecimento em Cachoeiro de Itapemirim, onde o litro do combustível chega a ser vendido a R$ 7,99. Em Guarapari, chega a 7,84.
A disparada dos preços dos combustíveis ocorre em meio à forte alta nos preços internacionais do petróleo após a Rússia ter invadido a Ucrânia, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia.
Desde 2016, a Petrobras adota o chamado PPI (Preço de Paridade de Importação), após anos controlando os preços, principalmente durante o governo Dilma Rousseff. O controle de preços era um jeito de frear a inflação, mas acabava por trazer prejuízos a petroleira.
Na política atual de preços, os valores cobrados pelas refinarias se orientam pela flutuação dos preços do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.
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